O ataque terminou com mãe e filha correndo para a rua em busca de ajuda após serem agredidas dentro de casa, na tarde de quarta-feira (19), em Cuiabá. Segundo a Polícia Militar, o homem de 32 anos entrou em surto, destruiu um objeto da esposa e partiu para agressões contra as duas.
De acordo com o boletim, a mulher, de 37 anos, contou que o marido chegou alterado e iniciou a confusão ao tomar a chapinha que ela usava. Ele desligou o aparelho, arrancou das mãos da vítima e o arremessou ao chão. A partir daí, a discussão evoluiu para atos de violência física e verbal.
A mulher afirmou que o agressor passou a ofendê-la com xingamentos antes de segurá-la pelo pescoço, tentando enforcá-la. Ela também relatou ter recebido socos no rosto, o que provocou inchaço imediato. A situação piorou quando a adolescente — enteada do suspeito — tentou intervir para impedir que ele continuasse o ataque.
Conforme a PM, a jovem derrubou a motocicleta do padrasto para chamar a atenção e interromper as agressões. A reação irritou ainda mais o homem, que avançou contra a menor, puxando-a pelos cabelos e empurrando-a contra o portão da residência. A dupla de vítimas ficou acuada dentro do imóvel enquanto o agressor continuava exaltado.
Em meio ao tumulto, o homem pegou um pedaço de fio elétrico e, segundo o relato, ameaçou matar a esposa por enforcamento. A pressão e o risco fizeram mãe e filha aproveitarem um momento de distração do acusado para correr até a esquina da rua, onde aguardaram a chegada da viatura policial.
Os militares encontraram o homem ainda no local. Conforme o registro, ele não apresentava lesões corporais no momento da abordagem e, por isso, foi conduzido ao Plantão de Violência Doméstica sem necessidade do uso de algemas. A ocorrência foi formalizada como lesão corporal, injúria e ameaça.
Cuiabá e outras cidades de Mato Grosso costumam registrar casos de violência doméstica que exigem atuação constante das forças de segurança. Em situações como a desta quarta-feira, a PM reforça que vítimas ou vizinhos devem acionar imediatamente o 190 ao perceberem risco iminente.
O que acontece após o registro
Com o encaminhamento do suspeito ao plantão especializado, o caso segue agora para análise da autoridade policial, que deve avaliar medidas de proteção e a responsabilidade penal do investigado. A mulher e a filha serão ouvidas novamente para complementar o inquérito e poderão solicitar proteção judicial caso considerem necessário.
Segundo a corporação, a orientação é que vítimas de violência como essa procurem atendimento médico e mantenham o registro formal das agressões, pois isso contribui para medidas legais de segurança e para responsabilizar o agressor. A organização do caso foi feita com base nas informações da Polícia Militar.
