Uma capivara foi atropelada por um carro nas proximidades do Parque Tia Nair, em Cuiabá, no fim de semana. O motorista fugiu sem prestar socorro, e o flagrante foi registrado por uma pessoa que passava pelo local, gerando grande indignação nas redes sociais.
Testemunhas relataram que o veículo trafegava em alta velocidade quando atingiu o animal, que tentava atravessar a via junto de um grupo de capivaras. Os demais conseguiram cruzar a pista em segurança, mas a fêmea atingida ficou caída no asfalto.
O caso reacendeu o debate sobre a ausência de normas municipais que protejam espécies silvestres em áreas urbanas. Em Mato Grosso, a Lei Complementar nº 436/2017 prevê sanções apenas para casos que envolvem cães e gatos, sem abordar situações com animais nativos como capivaras e tamanduás, comuns em parques e avenidas da capital.
Especialistas lembram que, em ocorrências desse tipo, o condutor deve parar o veículo, verificar o estado do animal e acionar os órgãos responsáveis, como o Batalhão Ambiental ou o Corpo de Bombeiros. A omissão de socorro pode resultar em responsabilização, conforme previsto na legislação ambiental e no Código Penal.
O vídeo do atropelamento circulou amplamente nas redes sociais e levantou pedidos por sinalização adequada e redutores de velocidade em trechos próximos a áreas de preservação. Até o momento, não há informações sobre a identificação do motorista envolvido.
Segundo ambientalistas, a Prefeitura deve ser provocada a revisar a legislação para incluir medidas de proteção à fauna urbana. O caso segue repercutindo entre moradores e defensores de animais, que pedem mais fiscalização e campanhas de conscientização sobre o trânsito em áreas compartilhadas com a vida silvestre.


















