O Instituto de Defesa Agropecuária do Estado (Indea) iniciou nesta segunda-feira (10) a capacitação de mais de 100 engenheiros agrônomos para reforçar a vigilância e prevenir a entrada de pragas quarentenárias que ainda não ocorrem em Mato Grosso, conforme divulgado pelo órgão estadual. O treinamento segue até quinta-feira (13), no auditório do Fundo Mato-grossense de Apoio à Cultura da Semente (Fase/MT), em Cuiabá, com participação de especialistas do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e de agências estaduais de defesa agropecuária.
Contexto e importância da vigilância
Entre as pragas monitoradas estão:
- Vassoura-de-bruxa: afeta plantações de mandioca; registro atual no Amapá.
- Monilíase do cacaueiro: impacta culturas de cacau e cupuaçu; presença confirmada no Amazonas.
- Fusariose da bananeira: fungo de disseminação rápida, prevalente na região Sudeste.
- Mosca-da-carambola: praga de impacto direto sobre frutas tropicais.
- Greening: doença que compromete pomares cítricos, afetando limão e laranja.
Segundo o diretor técnico do Indea, Renan Tomazele, a prevenção representa menor custo e maior eficiência do que ações de controle após a introdução das pragas. Conforme explicou, a entrada desses agentes biológicos pode ocorrer pelo trânsito de pessoas, sementes, frutos, mudas e máquinas agrícolas. A extensão territorial do estado e a fronteira com seis unidades da federação e a Bolívia elevam o risco de dispersão.
Ações permanentes de fiscalização
As equipes de vigilância atuam em regime contínuo, monitorando cargas e transporte agrícola. O treinamento atual busca atualizar métodos de identificação, contenção e erradicação, além de reforçar competências administrativas e responsabilidades de fiscalização. Também haverá painéis sobre integração institucional entre órgãos federais e estaduais.
Reportagem baseada em informações oficiais do Indea e do Ministério da Agricultura e Pecuária.


















