Uma mulher de 41 anos procurou ajuda policial após ser agredida e ofendida pelo companheiro na noite de domingo (2), em Cuiabá. O suspeito, um pintor automotivo de 29 anos, foi preso em flagrante e teve a fiança negada pela autoridade policial.
De acordo com o boletim registrado no Plantão de Atendimento à Vítima de Violência Doméstica, a vítima relatou que foi chamada de “prostituta” e levou um tapa no rosto durante uma discussão dentro da residência do casal, localizada no bairro São Gonçalo – Beira Rio. O episódio teria ocorrido por volta das 23h50, após a chegada de um amigo do suspeito ao local.
Segundo o depoimento, a mulher se recusou a permanecer no ambiente, o que provocou a reação violenta do parceiro. Ele passou a xingá-la com uma série de insultos e, em seguida, desferiu o tapa que causou vermelhidão e dor na região do olho direito. A vítima afirmou ainda possuir fotos da lesão para comprovar a agressão.
Relação marcada por ofensas e controle financeiro
O casal estava junto havia sete anos. Durante o relato, a mulher contou que esse não foi um caso isolado. Disse que “sempre foi xingada e agredida verbalmente”, mas que mantinha a esperança de mudança. Ela também descreveu uma dependência financeira, já que o suspeito arcava com o custo de sua faculdade e, durante a briga, ameaçou interromper o pagamento.
Os policiais militares Antonio Anastacio da Silva Neto e Willington de Medeiros Ortiz atenderam à ocorrência após acionamento via CIOSP. No local, a vítima reafirmou as ofensas e pediu ajuda. Ambos foram encaminhados à Delegacia da Mulher, onde o suspeito permaneceu em silêncio, amparado por sua advogada Adriana Bezerra de Brito, exercendo o direito constitucional de não responder aos questionamentos.
Autuação e medidas protetivas
O delegado Marcos Cezar Farias Lyra confirmou a prisão em flagrante e enquadrou o suspeito nos crimes de lesão corporal (Art. 129, §13) e injúria (Art. 140, §2º), previstos na Lei Maria da Penha. Considerando a gravidade do caso, ele decidiu não conceder fiança, com base nos artigos 313, III, e 324, IV, do Código de Processo Penal.
O homem foi encaminhado para audiência de custódia, enquanto a vítima solicitou medidas protetivas de urgência. O caso segue sob investigação da Polícia Civil de Mato Grosso, responsável por acompanhar a aplicação das medidas e garantir a segurança da mulher.
Informações conforme registro da Polícia Civil e depoimentos da vítima.
    
    
    
    
    
							

















