Ex-PM é condenado a 37 anos de prisão por assassinato de advogada em Cuiabá

Almir Monteiro dos Reis foi condenado por homicídio qualificado, estupro de vulnerável e fraude processual; família da vítima afirma confiar na Justiça

Fonte: CenarioMT

Almir Monteiro dos Reis foi condenado por homicídio qualificado, estupro de vulnerável e fraude processual; família da vítima afirma confiar na Justiça
Foto: reprodução

O ex-policial militar Almir Monteiro dos Reis foi condenado a 37 anos de prisão pelo assassinato da advogada Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni, de 48 anos, ocorrido em agosto de 2023, em Cuiabá. O julgamento aconteceu nesta quinta-feira (25), no Fórum da capital.

A sentença definiu 36 anos de reclusão e um ano de detenção. O réu foi condenado por homicídio qualificado, estupro de vulnerável e fraude processual, mas absolvido da acusação de ocultar o corpo. A juíza determinou que ele continue preso, sem direito a recorrer em liberdade, iniciando o cumprimento da pena em regime fechado.

Em nota, a família de Cristiane destacou que recebeu a decisão com serenidade.

“Entendemos que este é um passo importante para encerrar um ciclo de dor, preservando a memória de Cristiane como mulher, amiga, mãe, filha, irmã e profissional exemplar. Sua vida será sempre lembrada por todos que tiveram a oportunidade de conhecê-la”, diz o comunicado.

Durante o júri, o réu foi ouvido, mas a juíza Mônica Perri atendeu ao pedido da família e proibiu a entrada da imprensa na sessão.

Relembre o caso

Cristiane foi encontrada morta dentro de seu carro, no Parque das Águas, em Cuiabá, no dia 13 de agosto de 2023. O corpo foi localizado pelo irmão, que utilizou um aplicativo de rastreamento.

A vítima apresentava sinais de espancamento e asfixia. Investigações apontaram que, no dia anterior ao crime, ela esteve em um churrasco com familiares e amigos e, mais tarde, foi a um bar próximo à Arena Pantanal, onde teria conhecido Almir. Os dois deixaram o local juntos por volta de 23h30.

Posteriormente, o ex-policial confessou ter passado a noite com a advogada, mas entrou em contradição sobre sua participação no crime. A Polícia Civil reuniu provas que apontaram sua autoria.

A defesa chegou a alegar que Almir sofria de esquizofrenia, mas o Ministério Público de Mato Grosso concluiu que ele estava consciente e mentalmente estável ao cometer o feminicídio.

Reporter e editor do CenárioMT, possui experiência em produção textual e, atualmente, dedica-se à redação do CenárioMT produzindo conteúdo sobre a região norte de Mato Grosso. Cargo: Repórter, DRT: 0001686-MT