O preço do milho voltou a subir em Mato Grosso na última semana, impulsionado pela forte demanda internacional por etanol e pela estratégia de produtores locais de segurar os estoques. Conforme análise do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), o cereal registrou valorização de 0,81%, encerrando a média em R$ 46,29 por saca.
No mercado externo, o contrato corrente da CME Group avançou 1,70% entre 20 e 24 de outubro, alcançando US$ 4,24 por bushel. O Imea atribuiu o movimento à elevação da demanda interna nos Estados Unidos, onde o milho é amplamente utilizado na produção de etanol, e ao aumento das exportações do grão.
Outro fator que reforçou o cenário de alta foi o atraso na colheita norte-americana, provocado por chuvas intensas na região conhecida como cinturão do milho. A redução temporária da oferta no mercado global ajudou a sustentar os preços, criando reflexos diretos nas negociações brasileiras.
Produtores de Mato Grosso retêm estoques à espera de melhores preços
Em solo mato-grossense, produtores têm optado por segurar parte dos estoques, diminuindo a oferta interna. A estratégia busca aproveitar um possível novo ciclo de valorização nas próximas semanas, conforme indicou o Imea em seu boletim semanal divulgado na segunda-feira (27).
Com a oferta limitada e a procura firme, o instituto aponta que o mercado estadual deve continuar em ritmo de valorização. A tendência, segundo os analistas, é de manutenção de preços firmes enquanto persistirem as condições favoráveis de demanda e restrição na disponibilidade imediata do cereal.
O acompanhamento do Imea reforça que o comportamento do mercado internacional, aliado às decisões estratégicas dos produtores locais, seguirá determinando o rumo das cotações no estado. O cenário é acompanhado com atenção por cooperativas e tradings, que observam o impacto direto da demanda por etanol na formação de preços agrícolas.
Informações do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).

















