Mesmo com a leve redução no preço do arroz, o custo da cesta básica em Cuiabá continua pressionando o bolso do consumidor neste mês de julho. Segundo levantamento semanal do Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio-MT (IPF-MT), o valor médio da cesta chegou a R$ 838,47 na segunda semana do mês, o que representa uma alta de 0,68% em relação à semana anterior.
No comparativo com o mesmo período do ano passado, a situação é ainda mais preocupante: a cesta está 8,59% mais cara. A alta ocorre mesmo com a queda no preço de 7 dos 13 produtos que compõem o conjunto monitorado.
De acordo com a análise do IPF-MT, o principal responsável pelo aumento foi o preço da carne bovina, que interrompeu uma sequência de duas semanas em queda e voltou a subir. O valor médio da proteína atingiu R$ 44,45 por quilo, uma alta de 3,13% na comparação com a semana anterior. Em relação a julho de 2024, a carne está 27,26% mais cara — naquele período o quilo custava R$ 34,93.
A justificativa para o aumento pode estar ligada à redução no número de animais destinados ao abate, o que reduz a oferta e pressiona os preços no varejo. [Com arroba mais forte, Mato Grosso mostra recuperação expressiva na pecuária]
Outro produto que voltou a registrar alta foi o óleo de soja, que subiu para R$ 8,26 por litro — avanço de 2,26% em relação à semana passada. A valorização pode estar atrelada ao aumento da demanda interna, reflexo do encarecimento geral da cesta. Em um ano, o preço do óleo de soja acumula alta de 12,87%.
Apesar das pressões, o arroz apresentou recuo no preço, saindo de R$ 5,98/kg para R$ 5,81/kg, o que representa uma queda de 2,71%. A tendência, segundo o instituto, é de que os preços continuem cedendo nas próximas semanas, impulsionados pelos estoques elevados e pela produção mundial recorde do grão nesta safra.
O cenário confirma a tendência de que, mesmo com alguns alívios pontuais, os alimentos seguem como vilões da inflação doméstica. A cesta básica em Cuiabá permanece entre as mais caras do Centro-Oeste, exigindo do consumidor atenção redobrada no planejamento e nas compras.
Especialistas orientam o acompanhamento frequente dos preços, a substituição de itens com maiores variações por alternativas mais acessíveis e a busca por promoções e compras coletivas como formas de driblar os aumentos semanais.
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