25 presos em operação da Polícia Civil contra tráfico em Cuiabá

A ação da Denarc desarticulou grupo com atuação interestadual e prendeu o empresário Byron Prado, ligado ao grupo cristão Legendários.

Fonte: da Redação

25 presos em operação da Polícia Civil contra tráfico em Cuiabá
Foto: PJC

A Polícia Civil prendeu 25 pessoas nesta quinta-feira (30) durante a fase final da Operação Doce Amargo – Acorde Final, realizada em Cuiabá e outras cidades. Entre os detidos está o empresário Byron de Souza Prado, apontado como integrante do grupo cristão ‘Legendários’.

Segundo informações da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (Denarc), os investigados fazem parte de uma organização criminosa voltada ao tráfico de drogas e à associação para o crime. Durante o cumprimento dos mandados, os policiais localizaram porções de Skunk — versão mais potente da maconha — dentro de uma Mercedes-Benz C-180 adesivada com o símbolo do grupo religioso.

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A operação teve como alvo uma rede com atuação estruturada na Mato Grosso, especialmente na Baixada Cuiabana, e conexões interestaduais que se estendiam ao Amazonas, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte. Ao todo, foram cumpridos 25 mandados de prisão preventiva e 20 de busca e apreensão, além do bloqueio de contas bancárias e sequestro de veículos ligados aos suspeitos.

Esquema e estrutura do grupo

De acordo com a Denarc, a quadrilha mantinha uma estrutura empresarial bem definida, com funções separadas entre fornecedores, intermediários e responsáveis pelo transporte e armazenamento das drogas. As investigações também revelaram o uso de chamadas “casas-cofre”, imóveis utilizados para esconder grandes quantidades de maconha, cocaína e haxixe.

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O grupo ainda recorria a transações via Pix para movimentar o dinheiro proveniente do tráfico, tentando mascarar as operações financeiras. Essa prática é considerada um agravante e pode ser enquadrada no artigo 35 da Lei de Drogas (Lei nº 11.343/2006), que trata da associação para o tráfico.

Investigados e locais da operação

Entre os nomes citados está Jimi Hendrix Alves da Silva, já investigado em fases anteriores da mesma operação. Ele é apontado como fornecedor da chamada “droga colômbia”, derivada da maconha e com alto teor de THC, que seria distribuída na região.

As ordens judiciais foram cumpridas em Cuiabá e Várzea Grande (Mato Grosso), além de cidades do Amazonas (Tefé), Rio de Janeiro e Natal (RN). A Polícia Civil informou que as investigações continuam para identificar possíveis colaboradores e ramificações do grupo em outros estados.

Conforme a corporação, a Operação Doce Amargo – Acorde Final representa o encerramento de uma série de ações que vinham sendo executadas há meses para desmantelar o tráfico interestadual. As informações foram confirmadas pela Polícia Civil de Mato Grosso.

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Um criador de conteúdo apaixonado por jogos, tecnologia e notícias regionais, atua como redator no portal CenárioMT, onde produz matérias voltadas aos acontecimentos de Mato Grosso e região. Além disso, também é analista de TI e dedica parte do seu tempo livre ao desenvolvimento de jogos (game design), unindo criatividade e conhecimento técnico em seus projetos.