Cuiabá se prepara para o Dia Sem Impostos em 29 de maio: Entenda o impacto no seu bolso

A escolha do mês de maio para essa mobilização nacional, iniciada em 2003, não é aleatória.

Fonte: CENÁRIOMT

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A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Cuiabá está nos retoques finais para a próxima edição do “Dia Livre de Impostos (DLI)”, marcado para 29 de maio na capital mato-grossense. Essa iniciativa, concebida pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), busca evidenciar à sociedade o peso da carga tributária sobre os preços finais dos produtos e a falta de correspondência em serviços públicos de qualidade.

Durante o DLI, empresários participantes escolherão alguns produtos para vender sem a inclusão de impostos. “É fundamental que o consumidor possa vivenciar, na prática, o quanto os impostos elevam o valor que ele paga. É um exercício revelador para todos”, explica Daniel Luiz Ferraz de Matos, empresário e diretor da CDL Cuiabá Jovem.

A escolha do mês de maio para essa mobilização nacional, iniciada em 2003, não é aleatória. Ela serve como um lembrete simbólico de que os brasileiros trabalham, em média, os primeiros cinco meses do ano apenas para cumprir suas obrigações tributárias.

“O Dia Livre de Impostos transcende uma simples data; ele se estabelece como um manifesto vigoroso contra a sobrecarga tributária que tanto afeta o poder de compra dos cidadãos”, salienta Junior Macagnam, presidente da CDL Cuiabá.

Dados alarmantes do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) reforçam essa preocupação: em 2024, o Brasil amargou a última posição (30ª) no ranking do Índice de Retorno de Bem-Estar à Sociedade (IRBES). “Este ranking aponta que 32,4% do nosso Produto Interno Bruto (PIB) é direcionado ao pagamento de impostos. O DLI é crucial para aumentar a conscientização sobre essa realidade e nos estimular a buscar soluções efetivas”, complementa o presidente da CDL Cuiabá.

Além de sublinhar a influência dos impostos nos valores pagos pelos consumidores, o movimento visa aprofundar o debate sobre a imperativa necessidade de aprimoramento nos serviços públicos essenciais, que são financiados por essa mesma tributação. “Estamos nos referindo a áreas vitais como saúde, educação, segurança e infraestrutura”, finaliza Macagnam.