A Diretoria de Bem-Estar Animal (BEA), ligada à Secretaria Municipal de Governo de Cuiabá, conseguiu, pela primeira vez, reduzir pela metade os valores pagos aos procedimentos clínicos, ambulatoriais e cirúrgicos emergenciais cobrados do município. Simultaneamente, a Diretoria dobrou o número de atendimentos à causa animal.
A correção dos valores ocorreu de forma gradativa, culminando no encerramento dos serviços com a Clínica Mato Grosso, que atuava em regime emergencial 24 horas. Agora, a Prefeitura iniciará um chamamento público para credenciar novas clínicas em polos do município, buscando a descentralização do serviço.
Segundo o Secretário de Governo, Ananias Filho, inicialmente não havia parâmetro de preços entre as clínicas, e a Clínica Mato Grosso, a primeira contratada emergencialmente, apresentava custos elevados. Com isso, a Prefeitura iniciou o chamamento de novos parceiros, incluindo instituições de ensino e outras clínicas, visando ampliar os serviços de urgência e emergência com qualidade, rapidez e melhor custo-benefício.
Comparativo de custos e atendimentos
A diretora da BEA, Morgana Thereza Ens, destacou que a atual gestão reduziu o custo médio de atendimento em mais de 50%, mantendo a qualidade técnica.
Na fase emergencial, a Clínica Mato Grosso realizou 162 atendimentos, totalizando R$ 449 mil, o que representou um custo médio de R$ 2.777 por animal. Após a descentralização, a Clínica Cuiabana atendeu 145 animais por R$ 235 mil, enquanto a Universidade de Cuiabá (UNIC) realizou 124 atendimentos por R$ 92 mil. O custo médio de atendimento após a descentralização foi significativamente menor em ambos os casos. A soma dos atendimentos após a descentralização (269 animais) em comparação com a fase emergencial (162 animais) demonstra o aumento no volume de serviços prestados.
A diretora Morgana afirmou que o resultado reflete uma gestão planejada, técnica e humanizada, que respeita o dinheiro público. A contratação emergencial da Clínica Mato Grosso foi necessária no início da gestão devido à ausência de contrato vigente e à falta de estrutura municipal.
A reorganização técnico-administrativa da Diretoria da BEA começou em julho, transformando um modelo emergencial e concentrado em uma gestão planejada, com controle de custos e indicadores de desempenho. Enquanto o credenciamento não é publicado, os atendimentos seguem de forma indenizatória, garantindo a continuidade dos serviços.


















