Em uma audiência pública focada no acolhimento de crianças e adolescentes vítimas de violência em Cuiabá, o prefeito Abilio Brunini, ao lado da secretária municipal de Saúde, Lucia Helena, sugeriu uma solução ágil: o aluguel de dois imóveis.
O encontro, presidido pela vereadora Paula Calil, reuniu conselheiros tutelares, psicólogos, profissionais de saúde e parlamentares.
Durante a audiência, o prefeito ouviu atentamente as demandas das equipes da linha de frente e propôs a criação de um espaço acolhedor e estruturado para atendimentos integrados e outro para acolhimento emergencial, visando a proteção integral das vítimas.
“Estamos trabalhando para sair do papel e entregar políticas públicas que protejam de verdade nossas crianças. O mais importante agora é pensar fora da caixa. Se for mais rápido e mais eficiente alugar, é isso que vamos fazer. A construção de um prédio levaria anos e custaria milhões, e nós precisamos agir agora”, afirmou o prefeito.
Escuta protegida e atendimento humanizado
A vereadora Paula Calil destacou a importância do protocolo de escuta protegida e o desafio de romper o ciclo da violência. “Precisamos garantir que nenhuma criança de Cuiabá passe por novas violências após denunciar um abuso. O protocolo é uma ferramenta, mas ele só será efetivo se houver um local digno, com profissionais capacitados e acolhimento humanizado”, disse.
A secretária Lucia Helena reforçou o apoio técnico da Secretaria de Saúde ao projeto. “Temos uma demanda crescente por acompanhamento psicológico continuado. As crianças não podem mais ficar de um lado para o outro entre delegacias e hospitais. É urgente criar um fluxo acolhedor e eficiente”, explicou.
Além dos mencionados, a primeira-dama e vereadora Samantha Iris, os vereadores Marcrean Santos e Daniel Monteiro e a secretária de Assistência Social, Hélida Vilela, também participaram da audiência. As falas emocionadas dos presentes reforçaram a necessidade de uma atuação conjunta entre os poderes para tirar o projeto do papel. A proposta é que o futuro Centro Integrado de Atendimento funcione de forma coordenada entre as secretarias de Saúde, Assistência Social, Educação, além do Conselho Tutelar, Ministério Público e demais órgãos da Rede Protege.