Segundo a Polícia Militar, o crime aconteceu por volta das 3h da manhã, quando um casal invadiu a residência de Genilton e o executou de forma fria e rápida. A vítima foi encontrada caída na sala, sem chances de defesa.
Investigação aponta erro de alvo
As investigações iniciais indicam que Genilton pode ter sido morto por engano. O verdadeiro alvo da facção criminosa seria um vizinho da vítima. Testemunhas relataram que dois casais participaram do crime, utilizando duas motos: uma Titan vermelha e uma Biz vermelha.
A Polícia Militar, que fazia rondas pela região, avistou uma motocicleta suspeita e iniciou uma perseguição após o condutor desobedecer a ordem de parada. A fuga terminou em queda, e os dois ocupantes foram presos. Com eles, os policiais encontraram um revólver calibre .38.
Presos confessam envolvimento; adolescente pilotava moto
Já no final da manhã, a Polícia Civil recebeu denúncias anônimas sobre o paradeiro dos outros dois envolvidos no crime. Eles estavam escondidos em uma casa no bairro São Lourenço, que seria usada como ponto de apoio de uma facção na cidade.
Durante a abordagem, os dois suspeitos confessaram o crime. Um homem de 23 anos admitiu ter entrado na casa para executar o homicídio, enquanto uma adolescente de 16 anos pilotava a motocicleta usada na fuga.
Na delegacia, o suspeito de 30 anos chegou a ameaçar os policiais, dizendo que a facção iria “passar bala” nos agentes que participaram da ocorrência.
Facções, engano e o rastro de medo
O assassinato de Genilton expõe mais uma vez a ação violenta e desorganizada de facções criminosas que atuam no interior do estado. O erro de execução revela a ausência de inteligência nos ataques, onde moradores inocentes acabam pagando com a vida por vinganças mal direcionadas.
Genilton não tinha passagens policiais e era descrito por vizinhos como um homem tranquilo, trabalhador e dedicado à família. “Ele estava no lugar errado, na hora errada, mas dentro da própria casa”, lamentou uma moradora.
Polícia segue com investigações
A Polícia Civil continua apurando os detalhes do crime, inclusive a participação de outros membros da facção. A adolescente apreendida será encaminhada para procedimentos legais conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente.
Os outros três envolvidos, com idades entre 23 e 35 anos, foram autuados por homicídio qualificado, porte ilegal de arma de fogo e associação criminosa. Eles permanecem detidos à disposição da Justiça.
Conclusão: a banalidade do erro fatal
Mais do que um crime bárbaro, a morte de Genilton escancara uma ferida social profunda: a impunidade e o avanço das facções no interior. Quando um cidadão é executado por engano, ninguém está seguro. A dor da família e o medo dos vizinhos se espalham como pólvora, enquanto a Justiça corre contra o tempo para evitar novos erros fatais.
Enquanto isso, Cáceres amanhece mais triste. E uma família, despedaçada, tenta entender como um engano pode custar uma vida inteira.