A Comissão de Saúde, Previdência e Assistência Social da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) realizou uma reunião focada em questões cruciais para o sistema de saúde do estado. O encontro abordou desde a regionalização dos serviços e a situação de hospitais tradicionais até a votação de projetos de lei que impactarão o setor.
Um dos pontos centrais foi a regionalização da saúde. O presidente da comissão, deputado Paulo Araújo, anunciou uma audiência pública para o dia 2 de setembro com o objetivo de discutir, com base em dados técnicos, como organizar os serviços de saúde em cada região. Ele citou a proposta de uma maternidade em Cáceres, que permitiria ao hospital regional atender a demandas mais complexas. O deputado também listou os novos hospitais que devem ser inaugurados nos próximos dois anos em Juína, Tangará da Serra, Alta Floresta e Araguaia, além do Hospital Central e do Júlio Müller em Cuiabá.
A comissão também dedicou tempo para debater a delicada situação da Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá, cujo imóvel será leiloado por um valor mínimo de R$ 54,7 milhões para pagar dívidas trabalhistas. O deputado Paulo Araújo informou que o governo estadual, que usa parte da unidade, planeja desocupar o espaço até dezembro, mas garantiu que diversas opções para manter os serviços estão sendo analisadas, incluindo a compra do imóvel.
Paralelamente, o Hospital Central, que visa ampliar os leitos de UTI e o atendimento em especialidades como cardiologia e neurocirurgia, teve sua previsão de inauguração prorrogada de setembro para entre outubro e novembro.
Além das discussões sobre infraestrutura, a comissão votou e aprovou projetos de lei de grande impacto. Entre eles, a proposta de Júlio Campos que obriga a instalação de energia solar em hospitais estaduais para reduzir custos. Já o deputado Valdir Barranco teve dois projetos aprovados: um que obriga o SUS a oferecer atendimento psicológico e nutricional para pacientes bariátricos e com transtornos alimentares, e outro que cria programas de proteção e amparo a crianças e adolescentes órfãos com deficiência.