O Tribunal do Júri é a forma que a Justiça tem de ouvir a voz do povo em crimes dolosos contra a vida, quando alguém mata, tenta matar, induz ao suicídio ou comete infanticídio.
É assim que está sendo julgado o caso que chocou Mato Grosso, que tem como réu Gilberto Rodrigues dos Anjos. Ele é acusado de matar uma mãe e três filhas em Sorriso. O julgamento comeou hoje, quinta-feira, 7 de agosto, às oito da manhã. O réu será ouvido por videoconferência direto do presídio.
Em menos de dois anos após o crime, o caso chega ao júri, mostrando a rapidez da Justiça.
O júri é formado por um juiz, um promotor de Justiça, um defensor do réu, público ou partícula, e sete jurados sorteados da comunidade.
O julgamento começou com a oitiva das testemunhas. Se há vítima sobrevivente, fala primeiro. Depois, testemunhas de defesa e, por fim, o interrogatório do réu, que pode optar por não comparecer presencialmente e nem falar, como nesse caso.
Depois, acusação e defesa apresentam os argumentos por uma hora cada, com direito a réplica e tréplica.
Na sequência, os jurados vão para a sala secreta, respondem às perguntas do juiz e decidem por maioria. Se quatro votos forem iguais, o resultado está definido. E o juiz anuncia a sentença no plenário.
O júri popular aproxima a sociedade das decisões da Justiça, especialmente em casos que chocam a comunidade.


















