Capacitação fortalece vigilância no controle de escorpiões em Mato Grosso

Profissionais de saúde de 11 municípios participaram de treinamento técnico para ampliar a prevenção de acidentes com animais peçonhentos.

Fonte: CenárioMT

Capacitação fortalece vigilância no controle de escorpiões em Mato Grosso
Capacitação fortalece vigilância no controle de escorpiões em Mato Grosso - Foto: SES-MT

A Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso promoveu, entre os dias 14 e 18 de julho, um treinamento intensivo em Peixoto de Azevedo voltado ao controle de escorpiões e aranhas. A capacitação foi direcionada aos profissionais da Vigilância em Saúde de 11 municípios que integram os Escritórios Regionais de Saúde de Peixoto de Azevedo e Colíder.

Com carga horária de 40 horas, o curso abordou temas como epidemiologia, taxonomia, morfofisiologia e práticas de identificação e coleta segura desses animais. Técnicos de municípios como Guarantã do Norte, Matupá, Terra Nova do Norte, Marcelândia e Nova Canaã do Norte estiveram entre os participantes.

Segundo Marlene Barros, coordenadora de Vigilância em Saúde Ambiental da SES, a iniciativa visa reforçar a atuação preventiva e o monitoramento ambiental em áreas de risco. “Trata-se de uma ação contínua para qualificar os profissionais, o que resulta em respostas mais eficientes à presença de animais peçonhentos”, destacou.

Além das aulas teóricas, os técnicos também participaram de atividades práticas em campo, onde aprenderam a identificar abrigos naturais de escorpiões e aranhas e a realizar a coleta de forma segura. A capacitação foi conduzida pelos biólogos Márcia Alves Brito e João Sansão Maciel, da própria coordenadoria estadual.

Durante 2024, profissionais de cidades como Sinop, Sorriso, Lucas do Rio Verde e Nova Mutum já receberam o mesmo treinamento. Nos próximos meses, será a vez das equipes das regiões de Tangará da Serra e Diamantino.

A SES alerta que o período de seca intensifica o risco de acidentes, já que queimadas destroem habitats naturais e forçam escorpiões e outros animais peçonhentos a buscarem abrigo em áreas urbanas. Já nas épocas de chuva, o alagamento de tocas também leva esses animais a invadirem residências e prédios públicos.

Como medidas preventivas, a pasta recomenda a vedação de frestas e ralos, intensificação de vistorias e campanhas educativas, além da atualização dos estoques de soro antiveneno e da notificação imediata de acidentes.

Um planejamento articulado entre Vigilância Ambiental, Atenção Básica e Serviços de Urgência é considerado essencial para mitigar riscos e garantir resposta rápida em casos de emergência.