O campus de Alta Floresta (791km de Cuiabá) do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) terá, a partir do mês de maio, um laboratório com capacidade para realização de 960 testes semanais para detectar o novo coronavírus (Covid-19). O projeto é realizado em parceria com a Prefeitura Municipal de Paranaíta, o Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual e o Consórcio de Saúde dos Municípios do Polo de Alta Floresta.
De acordo com a assessoria do IFMT, o teste ‘RT-PCR’, que será disponibilizado, é o mais preciso que existe no mercado, com uma taxa de erro baixa na detecção da COVID-19. A referida técnica faz detecção direta do agente infeccioso (SARS-CoV-2) na amostra. O teste é considerado padrão ouro pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
A compra dos materiais para realização dos testes já começou a ser realizada pela Prefeitura de Paranaíta nesta semana. O consórcio de Saúde dos Municípios do Polo de Alta Floresta será responsável pela compra dos reagentes, de acordo com a necessidade dos municípios para iniciar os testes. A prioridade para realização dos testes será em profissionais da área da saúde.
O projeto de lei que regulamento o projeto foi aprovado na manhã de sexta-feira (24) pela Câmara Municipal de Paranaíta. O IFMT vai ceder o espaço físico e os profissionais técnicos para atuar no laboratório. O projeto foi escrito pelas professoras doutoras, Laila Natacha Santos Brandão e Mônica Caroline Pavan Cassel, que aceitaram o desafio proposto pela direção-geral do Campus Alta Floresta e a Pró-Reitoria de Extensão.
A bioseguridade vai atender a exigências da OMS, e o IFMT se compromete com a segurança física dos profissionais que atuarão dentro e fora do laboratório, reduzindo o perigo biológico. O laboratório será utilizado pelo campus, após o período de pandemia da COVID-19, para pesquisa nas áreas de biologia molecular e para atender a região com testes e diagnósticos diretos.
Segundo o diretor-geral do Campus Alta Floresta, Júlio dos Santos, a direção geral do Campus Cuiabá se apresentou como parceiro do laboratório e, inclusive, contribuiu nas articulações e já disponibilizou uma profissional para auxiliar na execução do projeto.
“Os demais campi do IFMT também estão convidados a participar, pois somos uma rede. A conquista é do IFMT, e não apenas do Campus Alta Floresta. Agradeço o apoio do Campus Cuiabá, PROAD, PROEX e ao reitor Willian de Paula pelo apoio nas articulações”, destaca.
O pró-reitor de extensão, Marcus Taques, destacou que o laboratório para execução dos testes de RT-PCR que será montado no Campus Alta Floresta é uma conquista histórica para a instituição. “Num momento de crise que estamos passando, o IFMT tem mostrado o seu valor em várias outras ações. A questão dos testes para o coronavírus é um dos gargalos para os órgãos de saúde. O Campus Alta Floresta, quando se coloca à disposição para se fazer esse teste em tempo recorde e consegue se mobilizar, é algo incrível. Gostaria de frisar que é tudo com recursos de parceiros”.