Campanha de doação de DNA em Mato Grosso já identificou 16 pessoas desaparecidas

A ação nacional de coleta de DNA segue até 15 de agosto em Mato Grosso, ampliando o banco de perfis genéticos para acelerar identificações.

Fonte: CenárioMT

Campanha de doação de DNA em Mato Grosso já identificou 16 pessoas desaparecidas
Campanha de doação de DNA em Mato Grosso já identificou 16 pessoas desaparecidas - Foto: POLITEC

Desde 2021, a campanha de doação de DNA em Mato Grosso já permitiu a identificação de 16 pessoas desaparecidas por meio do cruzamento de dados entre os estados brasileiros.

Em 2025, a iniciativa foi retomada no dia 5 de agosto e se estenderá até o dia 15, envolvendo todas as unidades da Politec e a Polícia Civil do estado. O objetivo é ampliar o banco de perfis genéticos e facilitar a localização de desaparecidos em nível nacional, campanha coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Em 2024, a Politec coletou 98 amostras durante a campanha, o que resultou na identificação de uma vítima. Atualmente, o banco nacional reúne 423 perfis de familiares de Mato Grosso que participaram da doação para auxiliar nas buscas.

Além da campanha, a coleta de DNA ocorre de forma contínua e gratuita no estado, mediante registro de boletim de ocorrência em qualquer delegacia da Polícia Civil. O material coletado é comparado com restos mortais não identificados guardados nos institutos médico-legais, ampliando as chances de identificar pessoas desaparecidas, falecidas ou com identidade desconhecida.

A coordenadora de Perícias de Biologia Molecular da Politec, Rosangela Maria Guarienti Ventura, ressalta que durante o período da campanha uma força-tarefa é montada para acelerar o atendimento aos familiares e o processamento das amostras, integrando os serviços de segurança pública do estado.

“Esta campanha intensifica nossos exames e oferece acolhimento especial às famílias, com uma equipe dedicada para tornar os resultados mais rápidos e efetivos”, explica Rosangela.

Famílias que já doaram DNA em anos anteriores não precisam repetir o procedimento. Em 2024, o país registrou 1.645 coletas e a identificação de 35 pessoas desaparecidas.

Os locais de coleta podem ser consultados no site da Politec. Para participar, o familiar deve apresentar um boletim de ocorrência do desaparecimento e documentos pessoais. Durante a campanha, um posto especial está disponível no Plantão Metropolitano da Politec, no Jardim Universitário, para registro de boletins ou orientações.

A coleta é simples, indolor e realizada por saliva, priorizando familiares de primeiro grau, como pais, filhos e irmãos. Caso haja, também é possível coletar DNA de objetos pessoais do desaparecido, como escova de dentes, aparelho ortodôntico ou amostra de cordão umbilical.