O Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso apresentou, na COP30 em Belém (PA), as estratégias integradas de prevenção e combate aos incêndios florestais adotadas pelo Estado, conforme divulgado oficialmente pela corporação. A conferência, organizada pela ONU e realizada entre 10 e 21 de novembro, reúne delegações internacionais para debater medidas de adaptação climática e preservação ambiental.
Queda recorde nos focos de calor
Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/BD Queimadas), confirmados pela corporação durante o evento, o Estado registrou 10.581 focos de calor entre janeiro e outubro de 2025. No mesmo período de 2024, foram contabilizados 49.665 focos, uma redução de 78,7%. A informação foi destacada pelo comandante-geral do CBMMT, coronel BM Flávio Glêdson Vieira Bezerra, durante o painel “Inovação e Governança Ambiental”.
Conforme o Instituto Centro de Vida (ICV), com base no sistema Amazon Fire Dashboard (NASA), houve também redução de 71% nas áreas queimadas em 2025. Aproximadamente 859,5 mil hectares foram atingidos pelo fogo entre janeiro e agosto, com menos de 1% da área localizada no Pantanal mato-grossense.
Ações estratégicas apresentadas
As medidas implementadas incluem:
- Monitoramento remoto contínuo com suporte tecnológico.
- Emprego de 1.420 bombeiros e brigadistas em operações terrestres e aéreas.
- Mobilização de frota especializada e mais de 800 horas de voo em reconhecimento e combate.
- Investimento estadual de R$ 125 milhões em ações preventivas e integração institucional.
De acordo com o coronel Glêdson, o foco estratégico concentra-se na prevenção, com fortalecimento de ações educativas, vigilância ambiental e resposta rápida em áreas críticas. Ele ressaltou que a representação na COP30 contribui para o intercâmbio técnico e fortalece políticas públicas baseadas em ciência.
Participação da comitiva
A comitiva do Estado conta com representantes do governo, secretarias ambientais, parlamentares e entidades do setor produtivo. As agendas incluem debates sobre economia florestal, financiamento climático e modelos de produção sustentáveis.
Reportagem baseada em dados oficiais do CBMMT, Inpe e ICV.

















