BNDES lança iniciativa de restauração na Amazônia com investimento inicial de R$ 450 milhões, incluindo projetos em Mato Grosso

Fonte: CENÁRIOMT

Promotoria denuncia dois indivíduos por crimes ambientais em sítio na zona rural de Cotriguaçu
Promotoria denuncia dois indivíduos por crimes ambientais em sítio na zona rural de Cotriguaçu Foto por: Gilberto Soares/MMA

Em anúncio realizado durante a 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-28) em Dubai, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançou o “Arco de Restauração na Amazônia“, uma parceria com o Ministério do Meio Ambiente de Mudança do Clima (MMA). A primeira ação consiste no edital “Restaura Amazônia”, que destinará R$ 450 milhões do Fundo Amazônia a projetos de restauração ecológica em áreas desmatadas ou degradadas.

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, enfatizou a urgência da proteção da Amazônia diante da crise climática, salientando que o reflorestamento é a resposta mais eficaz e ágil para enfrentar a situação. O projeto visa criar um cinturão de proteção, com a restauração de áreas desmatadas, capturando carbono e contribuindo para reduzir o aquecimento global.

A chamada pública “Restaura Amazônia” selecionará três organizações para atuarem como parceiros gestores nas microrregiões de Mato Grosso e Tocantins, Pará e Maranhão, e Acre, Amazonas e Rondônia. Os parceiros serão responsáveis por projetos de restauração em Unidades de Conservação, Terras Indígenas, territórios de povos tradicionais, áreas públicas e privadas, com o objetivo de cobrir toda a Amazônia Legal.

Além dos recursos do Fundo Amazônia, o projeto contará com R$ 550 milhões do Fundo Clima para viabilizar o restauro em áreas privadas através de financiamento com taxas de juros reduzidas. Parte dos R$ 10 bilhões captados recentemente pelo Tesouro Nacional, via títulos sustentáveis, também será destinada ao projeto.

O Arco da Restauração na Amazônia prevê investimentos de aproximadamente R$ 200 bilhões nas próximas décadas. A primeira fase visa restaurar 6 milhões de hectares, capturando 1,65 bilhão de toneladas de carbono até 2030. A segunda etapa, com investimentos de até R$ 153 bilhões, almeja restaurar 18 milhões de hectares até 2050, podendo gerar até 10 milhões de empregos na região. O BNDES destaca a importância do apoio internacional para o sucesso do projeto.

Redatora do portal CenárioMT, escreve diariamente as principais notícias que movimentam o cotidiano das cidades de Mato Grosso. Já trabalhou em Rádio Jornal (site e redação).