A saúde pública em Sorriso acendeu um sinal de alerta com a baixa cobertura vacinal da segunda dose contra o sarampo. Embora o município tenha superado a meta do Ministério da Saúde para a primeira dose, alcançando 102,76% de crianças imunizadas aos 12 meses, a cobertura caiu drasticamente para 72,56% na segunda dose, aplicada aos 15 meses, bem abaixo dos 95% recomendados.
A situação é ainda mais preocupante devido ao cenário regional. A coordenadora da Central de Imunização, Kátia Dal Prá, alerta que o Brasil corre o risco de ver o vírus do sarampo circular novamente. O perigo é maior em Mato Grosso, que faz fronteira com a Bolívia, onde já há um surto confirmado.
Para reverter o cenário, a Secretaria Municipal de Saúde, em parceria com a Secretaria de Educação, está levando a vacinação até as escolas. A secretária adjunta, Ana Claudia Ferraz, faz um apelo aos pais para que enviem a caderneta de vacinação dos filhos para a escola ou procurem a unidade de saúde mais próxima para verificação e aplicação da dose, se necessário.
Kátia Dal Prá reforça que a proteção só é garantida quando o esquema vacinal está completo. “Esse percentual alto na primeira aplicação é extremamente positivo, mas não podemos relaxar. Precisamos do apoio das famílias para garantir que essas crianças estejam realmente protegidas contra o sarampo”, destacou.
A vacinação está disponível durante todo o ano nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), e a adesão total da população é crucial para evitar o retorno de surtos da doença, que é grave e altamente contagiosa. Atualmente, Sorriso conta com 4.510 doses de tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba) disponíveis para a população.
