Nas escolas técnicas de Mato Grosso, um projeto inovador está unindo arte e esporte para ressignificar a formação dos estudantes. O Arteduf, iniciativa da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci), busca tornar o ensino técnico mais humano, criativo e conectado à realidade local.
Durante o I Encontro Arteduf, realizado em 6 e 7 de agosto, professores compartilharam experiências que vão além da preparação para o mercado. Segundo o professor Riller Silva Reverdito, a prática esportiva contribui para o desenvolvimento físico, social e emocional dos jovens, funcionando também como ferramenta de justiça social. O músico Samuel Barros destacou que, no ensino coletivo, a arte ensina respeito e convivência, além de desenvolver cooperação e criatividade.
Exemplos dessa abordagem já ganham corpo em várias unidades. Em Campo Verde, o professor João Batista Franco Borges aposta em jogos, dança e festivais para criar pertencimento e autonomia. Em Várzea Grande, Edmara Regina dos Santos amplia seu projeto de voleibol, xadrez e ginástica funcional para incluir a comunidade e idosos. Já em Cuiabá, o professor Sidney Moura Duarte iniciou aulas de música com instrumentos próprios, estimulando produção artística e integração com tecnologia.
Para a Seciteci, o Arteduf representa uma mudança cultural. “É o que faltava para humanizar a formação técnica”, afirma o superintendente Ederson Andrade. O coordenador Alex Teixeira reforça que todas as ETECs serão contempladas com atividades de dança, teatro, música e artes visuais adaptadas a cada território. A meta é consolidar uma cultura educacional onde emoção, prática e conhecimento caminhem juntos, inspirando outras redes de ensino.
