Mato Grosso enfrenta uma crise na saúde pública infantil, com a cobertura vacinal atingindo a meta de 95% em apenas um imunizante: a BCG, que previne as formas graves da tuberculose, conforme dados do Ministério da Saúde de agosto de 2025.
Embora a média estadual da BCG seja de 99,%, áreas como Porto Estrela, Acorizal e Terra Nova do Norte têm índices perigosamente baixos, abaixo de 70%.
O grande motivo de alerta, contudo, é a Tríplice Viral (contra sarampo, caxumba e rubéola), que falha nas duas doses: a primeira atingiu 90,1% e a segunda despencou para apenas 69,48% no estado. Em Cuiabá, a cobertura da segunda dose é ainda mais crítica, com 59,06%.
A consequência direta da baixa adesão é o retorno do sarampo a Mato Grosso após cinco anos, com o estado classificado como em surto, após quatro casos em Primavera do Leste.
A pesquisadora Jaqueline Costa Lima, da UFMT e USP, atribui essa hesitação vacinal à desinformação, reforçando que combater as fake news e vacinar é a única forma de evitar o retorno de doenças erradicadas e prevenir a sobrecarga do sistema de saúde.

















