Dados recentes da Secretaria de Estado de Saúde revelam um aumento preocupante nas Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) em Mato Grosso.
A tendência de alta nos últimos anos é atribuída, segundo especialistas, à redução das campanhas de conscientização e do incentivo à realização de testes.
Entre 2022 e 2024, os casos de HIV no estado subiram de 1.088 para 1.155. No mesmo período, os diagnósticos de Aids passaram de 410 para 509.
A sífilis registrou o maior salto, com um aumento de 2.832 casos em 2022 para 4.205 em 2024. A infectologista Kadja Leite explica que muitas dessas infecções não apresentam sintomas, o que contribui para que as pessoas vivam com a doença por anos, transmitindo-a sem saber.
Para reverter esse quadro, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente ferramentas essenciais. Além do uso de preservativos e da vacinação contra HPV e Hepatite B, a população tem acesso à profilaxia pré-exposição (PrEP) e pós-exposição (PEP) para o HIV.
Esses recursos, que podem prevenir novas infecções, estão disponíveis em Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA), onde a testagem rápida também é oferecida gratuitamente.