O retorno criativo de Topson ao Dota 2: Hoodwink mágica, Invoker estranho e muito mais

21 de julho de 2025 marcou o retorno de Topias “Topson” Taavitsainen ao Dota 2. Ainda fora dos torneios oficiais, o bicampeão do The International reacendeu sua presença no matchmaking e nas transmissões ao vivo. Agora com lives regulares, os fãs puderam acompanhar de perto as ideias nada convencionais que sempre marcaram o estilo de jogo de Topson — e que continuam intactas após sua pausa.

Desempenho de Topson após a volta às lives

• Primeira transmissão desde abril de 2023
• Nível de conta: 600
• Jogou 9 partidas: 7 vitórias e 2 derrotas
• Duração total: pouco mais de 6 horas
• Média de espectadores simultâneos: 8,4 mil

Hoodwink mágica no meio

Topson já havia testado a Hoodwink mid, mas seu novo estilo é radicalmente diferente. Esqueça o dano físico: agora o foco é puro controle mágico. Ele utilizou o aspecto Hipshot, que acelera habilidades, mesmo com perda de dano.

• Primeiro item: Spirit Vessel, com grande impacto desde os primeiros minutos
• Build evolui para Octarine Core, reduzindo ainda mais o tempo de recarga
• Participação constante em todas as teamfights
• Estatísticas impressionantes: 12/0/12 em uma partida; 12/4/12 em outra

Topson abusou do controle de runas e usou fragmentos para amplificar o domínio em rota. A cada partida, as lutas em equipe eram verdadeiros shows de feitiços contínuos. O resultado? Vitórias rápidas e esmagadoras.

Arc Warden mágico

Abandonando o estilo tradicional, Topson optou por Arc Warden com ênfase em magia, usando o aspecto Rune Replica. Equipou Midas logo cedo, mas não farmou — foi para o combate direto.

• Zero itens de dano físico
• Foco total em ganks e movimentação pelo mapa
• Partida perdida devido à saída de um aliado, mas a proposta chamou atenção

Muerta no mid? Sim, com sucesso

Uma escolha raríssima: Muerta na rota do meio. E ainda assim, Topson dominou o jogo.

• Domínio da lane com Dead Shot desde o início
• Item principal: Witch Blade, aproveitando a baixa mobilidade dos oponentes
• Participou de 18 dos 20 abates da equipe aos 26 minutos
• Fechou com Aghanim’s Scepter e Hurricane Pike
• Estatísticas finais: 9/1/10

Mesmo heróis resistentes como Outworld Destroyer não conseguiram escapar de suas magias constantes. Destaque também para a parceria com Ceb jogando de Chen.

Magnus com Ethereal Blade? Nem sempre dá certo

Topson decidiu inovar com Magnus mágico com Ethereal Blade. Mas a execução deixou a desejar.

• Sem BKB, era difícil aplicar um ultimate eficiente
• Ausência de Refresher Orb comprometeu o impacto no late game

A ideia foi criativa, mas na prática, o herói ficou limitado. Nota alta pela ousadia, mas baixa pela efetividade.

Invoker com estilo próprio

Topson voltou ao seu clássico Invoker, mas com uma build nada usual. Usou o aspecto Koryx Scholar, que amplifica Ghost Walk e Ice Wall.

• Início difícil: morto sob sua torre T2 aos 3 minutos
• Primeiro item: Spirit Vessel, com foco em agressividade
• Transição para split-push com Aghanim Shard, transformando Ghost Walk em um dano tipo Radiance
• Ice Wall com alcance e largura similares ao Ice Path de Jakiro

Apesar da derrota, o desempenho mostrou potencial. O controle absurdo da nova Ice Wall pode render muitas jogadas no futuro.

No fim das contas, o retorno de Topson às streams foi um verdadeiro espetáculo. Criativo, ousado e tecnicamente habilidoso, ele mostrou que ainda tem muito a oferecer ao cenário competitivo. Agora, resta saber: será que ele voltará aos palcos profissionais? Uma coisa é certa: sua visão única já está influenciando o meta novamente.