As redes sociais se consolidaram como a principal fonte de informação para brasileiros que planejam viagens pelo país. Plataformas como Facebook, Instagram, Twitter e TikTok são consultadas por 49% dos turistas, segundo pesquisa do Ministério do Turismo.
O estudo aponta que, depois das redes sociais, o boca a boca entre amigos e familiares continua sendo relevante. Em contrapartida, sites e blogs de turismo, agências de viagem, programas de TV, livros e guias aparecem como fontes menos utilizadas.
Luísa Galiza, psicóloga e referência em ecoturismo e turismo de aventura, observa o impacto das redes sociais. Ela comanda o canal Leve na Viagem, que alcança mais de três milhões de pessoas por mês, com mais de 400 mil seguidores nas plataformas digitais. Segundo Luísa, as redes oferecem um alcance e engajamento significativos para quem busca informações sobre destinos e experiências.
“O poder de comunicação das redes é enorme. As pessoas passam horas por dia nelas, especialmente no Instagram. Quem acompanha canais de viagem para obter dicas utiliza essas informações diretamente na programação de suas viagens”, afirma a especialista.
A pesquisa mostra que o público mais engajado é composto por jovens de 16 a 24 anos, predominantemente do sexo feminino e com ensino superior. Muitos influenciadores conquistaram credibilidade, tornando-se referências confiáveis no segmento de turismo de aventura, como destaca Luísa.
“As pessoas compartilham experiências vividas comigo em diversos destinos, atraindo mais interessados. Não se trata apenas de fotos bonitas, mas de transmitir o que o destino oferece e que tipo de experiência pode ser vivida”, explica.
Luísa relata ainda os efeitos inspiradores de suas postagens: “Recebo feedbacks de pessoas que começaram a nadar para mergulhar, praticar trilhas, trekking, e explorar montanhas, motivadas pelas experiências que compartilho.”
Entre os destinos mais procurados estão Fernando de Noronha e Porto de Galinhas, em Pernambuco, além dos Lençóis Maranhenses. A pesquisa do Ministério do Turismo ouviu mais de 2,5 mil pessoas em agosto deste ano.