O Agente Secreto conquista indicações e busca público jovem no Brasil

O filme brasileiro O Agente Secreto foi indicado ao Gotham Film Awards e tem estreias e premiações internacionais, atraindo atenção para o público jovem.

Fonte: CenárioMT

O Agente Secreto conquista indicações e busca público jovem no Brasil
Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

O longa brasileiro O Agente Secreto, dirigido por Kleber Mendonça Filho, recebeu duas indicações ao Gotham Film Awards, premiação que valoriza o cinema independente. As categorias contemplam roteiro original e melhor atuação, com Wagner Moura indicado pelo papel principal.

O filme, que estreia no Brasil em 6 de novembro, já acumula prêmios internacionais. Em maio, foi reconhecido no Festival de Cannes com os prêmios de melhor direção e melhor ator, reforçando seu prestígio global.

[Continua depois da Publicidade]

Além disso, O Agente Secreto foi escolhido pela Academia Brasileira de Cinema como representante do país no Oscar do próximo ano, seguindo os passos de Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, que conquistou o prêmio de melhor filme internacional.

Em coletiva em São Paulo, Wagner Moura destacou que, apesar das premiações, o caminho ainda é longo.

[Continua depois da Publicidade]

“A gente está fazendo tudo direito, mas eu acho que a gente tem que ter calma e respirar. Mas quando começa a ter essas indicações de outras premiações como o Gotham, aí eu começo a dizer que a gente tem um caminho que está parecendo mais real do que há duas semanas”, afirmou.

Kleber Mendonça Filho enfatiza que o maior objetivo do filme é atrair o público brasileiro, com foco especial nos jovens. Ele deseja que estudantes e adolescentes descubram novas perspectivas sobre a história do país, através da narrativa do longa.

O enredo acompanha Marcelo, interpretado por Wagner Moura, que retorna a Recife nos anos 70 em busca do filho e para enfrentar um passado misterioso, durante a ditadura militar. O diretor espera que a juventude compreenda mais sobre este período histórico.

“Eu saí de uma sessão do filme Ainda Estou Aqui e duas meninas muito jovens comentaram que não sabiam que o regime militar tinha sido tão ruim. Esses são exemplos de como o cinema pode trazer informação e reflexão sobre o Brasil”, afirmou Mendonça Filho.

Memória

O filme também aborda a memória histórica, mostrando como experiências do passado continuam a impactar a sociedade. O cinema serve como instrumento de preservação da memória e de reflexão crítica sobre traumas e acontecimentos que marcaram o país.

Para Wagner Moura, a memória é essencial para a cultura e o debate público. Ele ressaltou que compreender o passado, incluindo leis como a da Anistia, é crucial para o desenvolvimento social e político do Brasil.

Para receber nossas notícias em primeira mão, adicione CenárioMT às suas fontes preferenciais no Google Notícias .
Gabriela Cordeiro Revirth, independente jornalista e escritora, é uma pesquisadora apaixonada de astrologia, filmes, curiosidades. Ela escreve diariamente para o Portal de Notícias CenárioMT para partilhar as suas descobertas e orientar outras pessoas sobre esses assuntos. A autora está sempre à procura de novas descobertas para se manter atualizada.