Mais de 60 mil pessoas participaram neste domingo (14) da Lavagem de Madeleine em Paris, transformando a capital francesa em um grande palco da cultura afro-brasileira.
O evento, ao som contagiante de Olodum, Jau e Armandinho, reuniu mais de 700 artistas em um cortejo que percorreu cerca de quatro quilômetros, da Place de la République até a Igreja de Madeleine.
O público acompanhou apresentações de batucadas, maracatus, capoeira e a presença tradicional das baianas, todas embaladas pelo trio elétrico comandado por Robertinho Chaves, idealizador do evento.
A cerimônia simbólica da lavagem das escadarias da Igreja de Madeleine ocorreu às 14h (11h em Brasília), conduzida pelo Babalorixá Pai Pote, do terreiro Ilê Axé Ojú Onirê, com a participação de um padre católico, reforçando o sincretismo religioso e a valorização do respeito entre crenças.
Nesta edição, a Lavagem de Madeleine prestou homenagem à cantora Preta Gil e à jornalista baiana Wanda Chase, reconhecendo a importância de ambas na promoção da cultura afro-brasileira.
Para Robertinho Chaves, o evento se consolidou no calendário cultural de Paris: “Cada ano é uma emoção única, mas ver mais de 700 artistas e uma multidão transformando Paris em Salvador foi inesquecível”.
“A Lavagem de Madeleine se tornou um símbolo da força da cultura afro-brasileira no mundo, mostrando que nossa música, nossa fé e nossa tradição têm um poder de união e alegria que atravessa fronteiras. É uma celebração de identidade, resistência e, acima de tudo, de amor. A homenagem a Preta e Wanda é mais que merecida, elas nos ajudaram a construir esse evento”, destacou Robertinho.