O Festival Cine Inclusão 60+, que chega à sua quinta edição, abre neste sábado (23) em São Paulo com a proposta de discutir envelhecimento e etarismo por meio do cinema. A mostra é a única do país dedicada exclusivamente ao público 60+, com atividades que envolvem difusão, capacitação e produção audiovisual.
Serão exibidos 28 curtas-metragens de diferentes gêneros e formatos, com destaque para obras que colocam pessoas idosas como protagonistas ou criadoras. A programação reúne produções brasileiras e também de países como Argentina, Uruguai, Costa Rica, Panamá e Equador.
Segundo o diretor Daniel Gaggini, o festival funciona como uma vitrine para cineastas 60+, abrindo espaço para novos olhares sobre a longevidade. O evento é gratuito e segue até 31 de agosto, com sessões no Espaço Petrobras de Cinema, Cine Bijou e Cine Favela, em São Paulo, além de exibições no distrito de Sousas, em Campinas.
Mostras
A edição está dividida em três seções principais. A Competitiva traz obras de sete estados brasileiros sobre envelhecimento. Já a Mostra 60+ em Ação reúne produções realizadas por pessoas com mais de 60 anos, destacando a visão singular de documentaristas mais experientes. A novidade é a Latina 60+, que apresenta filmes em parceria com o Festival Internacional de Cine sobre Envejecimiento, de Montevidéu.
Abertura e encerramento
A sessão de abertura, neste sábado, exibe os curtas Nação Comprimido, de Bruno Tadeu, e A.Mare, de Rodrigo Campo. O primeiro acompanha um militante gay que decide criar o primeiro lar de idosos LGBTQIA+ do Brasil; o segundo resgata memórias de imigrantes italianos no interior paulista durante a ditadura militar.
O encerramento, no dia 31 de agosto, terá a exibição de Esta Noite Seremos Felizes, de Diego dos Anjos, que retrata uma história de amor entre os personagens de Bete Mendes e Othon Bastos em um baile. Também serão apresentados curtas produzidos em oficinas de cinema voltadas para pessoas acima de 60 anos.
Além das sessões, a programação inclui rodas de conversa e oficinas para comunidades periféricas, ampliando a discussão sobre envelhecimento e inclusão.
