Entre os dias 1º e 5 de outubro, Araxá recebe a 13ª edição do Festival Literário Internacional de Araxá (Fliaraxá), que homenageia a escritora ruandesa Scholastique Mukasonga e o autor baiano Itamar Vieira Junior.
O evento contará com a participação de mais de 40 autores do Brasil e do exterior, reunidos sob o tema Literatura, Encruzilhada e Memória. Entre os convidados internacionais, a escritora camaronense Léonora Miano participará de mesas que abordam ancestralidade, democracia, justiça e desafios contemporâneos.
O patrono desta edição é Agripa Vasconcelos, conhecido pelo livro A vida em flor de Dona Beja, enquanto o autor local homenageado é Fernando Braga de Araújo, autor de Araxá põe a mesa.
Entrevista com a coordenadora
Bianca Santana, coordenadora do Fliaraxá, explicou que o tema central busca refletir sobre o encontro entre histórias e autorias. “A encruzilhada representa o cruzamento de caminhos e saberes, enquanto a memória sustenta esses percursos. O festival promove mesas literárias que discutem obras importantes e temas como ancestralidade, democracia e justiça”, destacou.
Sobre a participação feminina, Bianca afirmou que as mulheres são maioria entre os convidados e ocupam destaque nas mesas centrais, garantindo diversidade de gênero e raça no evento.
Homenagear Scholastique Mukasonga é reconhecer a relevância de sua obra. Sua escrita aborda trauma, exílio, maternidade e violência, reforçando a dignidade e resistência da experiência tutsi durante o genocídio em Ruanda.
Destaques do festival
O Fliaraxá 2025 destaca-se pelo encontro entre obras e autorias diversas, promovendo uma verdadeira encruzilhada literária que celebra memória e literatura.
Presença no Rio
No dia 8 de outubro, Scholastique Mukasonga participará de um encontro com leitores no Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro, debatendo o livro A mulher de pés descalços, que retrata a experiência das mulheres tutsis durante o genocídio de 1994.