União paga R$ 505 milhões em dívidas atrasadas de estados em julho

O Tesouro Nacional quitou R$ 505,26 milhões de débitos atrasados de estados, com destaque para Minas Gerais, Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro.

Fonte: CenárioMT

União paga R$ 505 milhões em dívidas atrasadas de estados em julho
União paga R$ 505 milhões em dívidas atrasadas de estados em julho - Foto: José Cruz/Agência Brasil

Em julho, o Tesouro Nacional efetuou o pagamento de R$ 505,26 milhões em dívidas atrasadas de estados. A maior parcela, R$ 188,21 milhões, refere-se a atrasos do governo de Minas Gerais. Seguem-se R$ 89,45 milhões do Rio Grande do Norte e R$ 79,74 milhões do Rio de Janeiro.

Além desses, o governo federal quitou R$ 74,71 milhões do Rio Grande do Sul, R$ 73,16 milhões de Goiás e R$ 72,75 mil do município de Santanópolis (BA).

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As informações constam no Relatório de Garantias Honradas pela União em Operações de Crédito, divulgado pela Secretaria do Tesouro Nacional. Essas garantias são acionadas quando um estado ou município fica inadimplente, e a União cobre o valor, retendo repasses e aplicando multa e juros.

No acumulado de 2025, a União quitou R$ 6,392 bilhões de dívidas de entes subnacionais. Deste total, R$ 2,387 bilhões correspondem ao Rio de Janeiro, R$ 2,378 bilhões a Minas Gerais, R$ 899,34 milhões ao Rio Grande do Sul, R$ 518,21 milhões a Goiás e R$ 209,09 milhões ao Rio Grande do Norte.

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Quatro municípios também tiveram dívidas honradas: Taubaté (SP) com R$ 33,27 milhões; São Gonçalo do Amarante (RN) com R$ 15,18 milhões; Igatu (CE) com R$ 2,47 milhões; e Santanópolis (BA) com R$ 500 mil.

As garantias são descontadas dos repasses federais aos estados e municípios, incluindo fundos de participação e ICMS. Juros, mora e custos operacionais incidem sobre valores em atraso até a quitação.

Regime de Recuperação Fiscal

Decisões do STF impediram a execução de contragarantias de estados em dificuldade, facilitando negociações para inclusão no Regime de Recuperação Fiscal (RRF). Goiás, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul firmaram acordos para parcelamento e escalonamento de dívidas.

No início da pandemia, liminares suspenderam a execução de garantias em diversos estados, incluindo Minas Gerais. O Rio de Janeiro, ao aderir ao RRF em 2017, pôde contratar novas operações de crédito mesmo inadimplente, com negociações mediadas pelo STF até 2022.

Rio Grande do Sul

O estado fechou acordo com a União em junho de 2022, permitindo o pagamento escalonado da dívida suspensa desde 2017. Após as enchentes de maio, a União suspendeu parcelas por 36 meses e perdoou juros anuais, liberando R$ 11 bilhões para reconstrução.

Goiás e Minas Gerais

Goiás aderiu ao RRF em 2021, após autorização do STF, com suspensão de dívidas e plano de ajuste fiscal. Minas Gerais foi o último a aderir, com vigência de 2025 a 2033, cumprindo medidas de corte de gastos e fiscalizações previstas pelo RRF.

Propag

Entre 15 de abril e 31 de dezembro, estados podem aderir ao Programa de Pleno Pagamento da Dívida dos Estados (Propag), que oferece desconto em juros e parcelamento de débitos em até 30 anos. Em troca, devem aportar recursos no Fundo de Equalização Federativa, beneficiando investimentos em educação, segurança, saneamento, habitação e transportes.

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Graduado em Jornalismo pelo Unasp (Centro Universitário Adventista de São Paulo): Base sólida em teoria e prática jornalística, com foco em ética, rigor e apuração aprofundada.