Tarifaço afetará 4% das exportações brasileiras aos EUA, diz Haddad

Ministro aponta que metade do impacto será amenizado por redirecionamento de commodities, mas setores vulneráveis exigem atenção.

Fonte: CenárioMT

Brasília (DF), 05/08/2025 - Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante 5ª Reunião Plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), realizado no Palácio do Itamaraty. Fo
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Durante a 5ª reunião plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, realizada nesta terça-feira (5), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o tarifaço imposto pelos Estados Unidos afetará 4% das exportações brasileiras ao país norte-americano. No entanto, ressaltou que metade desse total deverá encontrar novos mercados por se tratar de commodities com preço internacional.

Segundo Haddad, as exportações para os EUA, que já representaram 25% do total nacional, atualmente correspondem a 12%. “Desses 12%, 4% são afetados pelo tarifário”, afirmou. Ele destacou que mais de 2% desse percentual terá outro destino natural, dada a natureza dos produtos exportados.

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Apesar de minimizar parte dos efeitos, o ministro alertou para a necessidade de vigilância. Setores como a fruticultura, que são intensivos em geração de emprego, estão entre os mais vulneráveis às novas tarifas. “Não é porque 2% ou 1,5% das exportações serão afetadas que nós vamos baixar a guarda”, pontuou.

Haddad também enfatizou que o governo federal está comprometido com a proteção das famílias impactadas pela medida. “Vamos socorrer essas famílias prejudicadas com uma agressão que já foi chamada de injusta, de indevida, e de não condizente com os 200 anos de relação fraterna que nos ligam ao povo dos Estados Unidos”, declarou.

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Durante sua fala, o ministro ressaltou ainda dados positivos da economia que, segundo ele, têm sido ofuscados pela repercussão do tarifaço. Citou a saída do Brasil do Mapa da Fome, o menor índice de desemprego da história (5,8%) e o aumento da renda, “como não ocorre desde o Plano Real”.

Além disso, mencionou a queda na inflação e na desigualdade, bem como avanços no ajuste fiscal e nos investimentos em infraestrutura e educação. “Temos que olhar para tudo isso com otimismo, até porque sem otimismo eu não aconselho alguém a assumir o Ministério da Fazenda do Brasil”, concluiu.

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Graduado em Jornalismo pelo Unasp (Centro Universitário Adventista de São Paulo): Base sólida em teoria e prática jornalística, com foco em ética, rigor e apuração aprofundada.