O setor de serviços registrou crescimento de 0,1% entre julho e agosto, mantendo uma sequência de sete meses consecutivos de expansão, acumulando 2,6% de crescimento no período. Este desempenho eleva o segmento, que inclui transporte, turismo, restaurantes, salões de beleza e tecnologia da informação, ao maior nível histórico, superando o recorde de julho.
Essa série de sete meses é a mais longa desde fevereiro a setembro de 2022, quando o crescimento foi de 5,6%. No acumulado de 12 meses até agosto de 2025, o setor apresenta alta de 3,1%, enquanto em relação a agosto de 2024 o aumento é de 2,5%.
Segundo dados da Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada pelo IBGE nesta terça-feira (14), o setor está 18,7% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020). Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa, ressalta que o setor se mostra resiliente e em constante crescimento.
Alta em quatro de cinco atividades
Das cinco atividades pesquisadas, quatro apresentaram crescimento entre julho e agosto:
- Serviços prestados às famílias: 1%
- Serviços profissionais e administrativos: 0,4%
- Transportes, armazenagem e correio: 0,2%
- Outros serviços: 0,6%
- Serviços de informação e comunicação: 0,5%
Os serviços profissionais, administrativos e complementares foram o principal destaque positivo, impulsionados por empresas de programas de fidelidade, atividades jurídicas e aluguel de equipamentos. O transporte apresentou bom desempenho devido ao transporte rodoviário coletivo de passageiros, ferroviário de cargas e logística, beneficiado pelo setor agrícola.
O segmento de serviços às famílias foi favorecido por restaurantes, buffets e hotéis, enquanto outros serviços foram impulsionados por atividades financeiras auxiliares. O único grupo em retração foi informação e comunicação, impactado pela alta base de comparação, especialmente na exibição e distribuição cinematográfica.
Índice de atividades turísticas
O índice de atividades turísticas (Iatur) subiu 0,8% em agosto em relação a julho e 4,6% na comparação anual. O setor de turismo está 11,5% acima do nível pré-pandemia, mas ainda 2% abaixo do ponto mais alto registrado em dezembro de 2024.
O Iatur considera 22 das 166 atividades de serviços relacionadas ao turismo, incluindo hotéis, agências de viagem e transporte aéreo de passageiros. Dados foram divulgados para 17 unidades da Federação, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso e outros estados.