Preço da cesta básica cai em 22 capitais brasileiras em setembro

Em setembro, o custo da cesta básica registrou queda em 22 capitais, enquanto apenas cinco tiveram aumento, segundo pesquisa do Dieese e Conab.

Fonte: CenárioMT

Preço da cesta básica cai em 22 capitais brasileiras em setembro
Preço da cesta básica cai em 22 capitais brasileiras em setembro - Foto: EBC/Arquivo

O preço da cesta básica apresentou redução em setembro em 22 das 27 capitais brasileiras, com aumento registrado em apenas cinco, conforme aponta a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos divulgada pelo Dieese e pela Conab. A partir de julho de 2025, o levantamento passou a abranger todas as capitais do país, antes realizado em apenas 17.

As maiores quedas ocorreram em Fortaleza (-6,31%), Palmas (-5,91%), Rio Branco (-3,16%), São Luís (-3,15%) e Teresina (-2,63%). Já os aumentos foram observados em Campo Grande (1,55%), Curitiba (0,38%), Vitória (0,21%), Porto Alegre (0,04%) e Macapá (0,03%).

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O maior preço da cesta foi registrado em São Paulo (R$ 842,26), seguida por Porto Alegre (R$ 811,44), Florianópolis (R$ 811,07) e Rio de Janeiro (R$ 799,22). As capitais do Norte e Nordeste apresentaram os valores mais baixos, como Aracaju (R$ 552,65), Maceió (R$ 593,17), Salvador (R$ 601,74) e Natal (R$ 610,27).

Na comparação com setembro de 2024, todas as 17 capitais pesquisadas naquele período tiveram alta de preços, variando de 3,87% em Belém a 15,06% em Recife. No acumulado do ano, 12 capitais apresentaram aumento e cinco registraram queda, com destaque para Recife (4,69%), Porto Alegre (3,54%) e Salvador (3,06%), enquanto Brasília (-3,15%) e Goiânia (-3%) tiveram as maiores reduções.

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Com base na cesta mais cara, de São Paulo, o Dieese estimou que o salário mínimo ideal para uma família de quatro pessoas deveria ter sido R$ 7.075,83 em setembro, equivalente a 4,66 vezes o mínimo vigente de R$ 1.518. Em 2024, o cálculo indicava R$ 6.657,55, ou 4,71 vezes o salário vigente na época.

Produtos

O tomate apresentou queda de preço em 26 capitais, variando de -47,61% em Palmas a -3,32% em Campo Grande. A única alta foi registrada em Macapá (4,41%).

O arroz agulhinha teve redução em 25 capitais, com destaque para Natal (-6,45%), Brasília (-5,33%) e João Pessoa (-5,05%). O aumento foi observado em Vitória (1,29%) e em Palmas não houve variação.

Café e carne bovina

O quilo da carne bovina de primeira subiu em 16 capitais e caiu em 11, com as maiores altas em Vitória (4,57%), Aracaju (2,32%) e Belém (1,59%), e quedas em Macapá (-2,41%), Natal (-1,13%) e São Luís (-1,03%). O Dieese atribuiu a alta à oferta limitada causada pela estiagem, enquanto a baixa demanda em algumas cidades pressionou os preços para baixo.

O café em pó caiu em 14 capitais e subiu em 13, com quedas em Rio de Janeiro (-2,92%) e Natal (-2,48%) e altas em São Luís (5,10%) e Campo Grande (4,32%). O instituto destacou que o preço internacional do café aumentou devido à alta no mercado americano e à oferta limitada, mas os altos valores praticados internamente reduziram a demanda em algumas regiões.

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Gustavo Praiado é jornalista com foco em notícias de agricultura. Com uma sólida formação acadêmica e vasta experiência no setor, Gustavo se destaca na cobertura de temas relacionados ao agronegócio, desde insumos até tendências e desafios do setor. Atualmente, ele contribui com análises e reportagens detalhadas sobre o mercado agrícola, oferecendo informações relevantes para produtores, investidores e demais profissionais da área.