A poupança encerrou outubro com retirada líquida de R$ 9,7 bilhões, conforme dados divulgados pelo Banco Central. O resultado reflete o volume de saques superior ao de depósitos, movimento que mantém tendência observada nos últimos meses.
No período, os depósitos somaram R$ 351,9 bilhões, enquanto os saques atingiram R$ 361,6 bilhões. Os rendimentos creditados nas contas chegaram a R$ 6,4 bilhões, e o saldo total aplicado permanece um pouco acima de R$ 1 trilhão.
Este foi o quarto mês consecutivo em que a poupança apresentou saldo negativo. No acumulado de 2025, o instrumento registra retirada líquida de R$ 88,1 bilhões. Nos anos anteriores, também houve mais resgates que aportes, com saídas de R$ 87,8 bilhões em 2023 e de R$ 15,5 bilhões em 2024.
A manutenção da taxa Selic em níveis elevados é apontada como um dos fatores que levam investidores a buscar alternativas com maior rentabilidade. Em julho, o Comitê de Política Monetária interrompeu o ciclo de aumento da taxa, mantendo-a em 15% ao ano para conter a inflação e ajustar a demanda.
A inflação oficial do país, medida pelo IPCA, acumulou alta de 5,17% em 12 meses até setembro, cenário que influencia a estratégia de política monetária para manter a meta de 3% ao ano.

















