A Petrobras arrecadou R$ 131,7 bilhões em tributos no primeiro semestre de 2025, segundo relatório fiscal divulgado nesta quinta-feira (14). O valor representa queda de 4,5% em comparação aos R$ 137,9 bilhões do mesmo período de 2024, sem considerar a inflação de 5,35% medida pelo IPCA nos 12 meses anteriores a junho.
O montante contempla impostos, contribuições e participações governamentais, como royalties pela exploração de petróleo e a participação especial, cobrada de campos com grande produção. Desse total, a União recebeu R$ 77,1 bilhões — R$ 45,3 bilhões em tributos federais e R$ 31,8 bilhões em participações, parte redistribuída para estados e municípios. O valor equivale a 5,4% da arrecadação federal e é 11,9% menor que o registrado em 2024, influenciado pela redução no recolhimento de IRPJ, CSLL, PIS e Cofins.
Por outro lado, as participações governamentais subiram 3% na comparação anual. Já para os estados, a Petrobras repassou R$ 53,6 bilhões, aumento de 7,8%, impulsionado pelo reajuste do ICMS sobre combustíveis em vigor desde 1º de fevereiro. A estatal responde por mais de 10% da arrecadação de ICMS em 20 unidades da federação.
Maiores arrecadações em valores absolutos: São Paulo (R$ 11,3 milhões), Minas Gerais (R$ 7,3 milhões), Rio de Janeiro (R$ 4,3 milhões), Rio Grande do Sul (R$ 4,3 milhões) e Paraná (R$ 3,3 milhões). Em Mato Grosso do Sul, apesar de arrecadar R$ 2,6 milhões, mais da metade da receita estadual vem da companhia.
Ranking de participação da Petrobras nas receitas estaduais: Mato Grosso do Sul (52,8%), Rondônia (24,8%), Paraíba (24,5%), Goiás (20,9%) e Ceará (19,2%). São Paulo, líder em valores absolutos, tem apenas 10,2% de sua receita vinda da estatal.
Os municípios receberam R$ 1 bilhão no semestre, sobretudo via ISS e IPTU, alta frente aos R$ 0,7 bilhão do ano anterior.