A mesa do consumidor em Mato Grosso e em todo o Centro-Oeste sentiu o impacto da inflação em setembro, puxada principalmente pelo aumento no preço do óleo de soja e da carne de frango. Segundo levantamento da Neogrid, focado na gestão da cadeia de consumo, essas duas categorias lideraram as altas regionais, refletindo as oscilações climáticas e os custos agrícolas elevados no coração do agronegócio brasileiro.
Disparada do Frango e da Soja no Centro-Oeste
O estudo, que detalha as variações de preços, revelou que o óleo de soja subiu 6,7% na região Centro-Oeste em setembro. Essa alta acompanha a firme demanda pelo grão e o ritmo de plantio da safra 2025/26, que foi mais lento em Mato Grosso e no Sudeste devido à falta de chuvas, um fator crítico nas notícias de Mato Grosso sobre agricultura.
De forma ainda mais acentuada, a carne de frango registrou a maior elevação da região, com uma alta de 15,7%. Outros itens com aumentos significativos na região foram o café em pó/grãos (6,4%) e as massas alimentícias (5,8%).
Apesar da pressão em categorias ligadas ao campo, há sinais de alívio para o consumidor de Mato Grosso em outros setores. Produtos essenciais como queijos e carnes suínas apresentaram recuo. A redução mais notável foi na carne suína, que caiu 5,5% na região, e nos queijos, com queda de 3,8%. Essa estabilidade pode ser atribuída à recomposição de estoques e à maior oferta de laticínios e proteínas.
Anna Carolina Fercher, líder de Dados Estratégicos na Neogrid, forneceu uma análise prospectiva: “A expectativa é de uma desaceleração mais consistente nos preços de alimentos e bebidas nos próximos meses, impulsionada pela estabilização climática. No entanto, o café deve seguir pressionado devido à quebra de safra e à volatilidade internacional, que afeta o preço no curto prazo.”
Considerando o acumulado de 2025, o café mantém a liderança de encarecimento no país, com alta de 43,7% desde dezembro de 2024. Acompanhar essas tendências é essencial para entender a economia de Mato Grosso e a renda do consumidor.
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