O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o processo conduzido pelo Banco Central (BC) envolvendo o Banco Master apresenta forte consistência, sobretudo após a prisão do proprietário da instituição, Daniel Vorcaro.
Em entrevista, Haddad disse que não comentaria a operação da Polícia Federal, mas destacou que a pasta permanece à disposição do BC, responsável por conduzir os próximos passos do caso.
“O Banco Central é órgão regulador do sistema financeiro e eu tenho certeza que, para ter chegado a esse ponto, todo esse processo deve estar muito robusto”, declarou o ministro ao chegar ao Ministério da Fazenda.
Prisão
Vorcaro foi detido pela Polícia Federal no Aeroporto de Guarulhos enquanto tentava deixar o país. A ação integra a Operação Compliance Zero, voltada ao combate da emissão de títulos de crédito falsos por instituições financeiras do Sistema Financeiro Nacional.
Liquidação
O BC também anunciou a liquidação extrajudicial da Master Corretora de Câmbio, Títulos e Valores Imobiliários e tornou indisponíveis os bens de controladores e ex-administradores do grupo.
Haddad afirmou que o Banco Central divulgará informações conforme o avanço da liquidação e ressaltou que a Fazenda dará o suporte necessário aos desdobramentos do processo.
Com a liquidação, uma das consequências é a atuação do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) para ressarcimento a investidores. O fundo assegura valores de até R$ 250 mil por instituição, limitado a R$ 1 milhão a cada quatro anos, cobrindo saldos e investimentos em caso de quebra ou encerramento de atividades de instituições financeiras.
Em agosto, o Conselho Monetário Nacional aprovou regras mais rígidas para acesso ao FGC, que entrarão em vigor em junho de 2026. As mudanças foram definidas após o Banco Master passar a ser investigado pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, no contexto do anúncio de compra da instituição pelo Banco de Brasília.


















