Estados Unidos ampliam compras e ficam com 8% do petróleo exportado pela Petrobras

Relatório da estatal aponta aumento na participação americana nas exportações de petróleo e derivados brasileiros no segundo trimestre de 2025.

Fonte: CenárioMT

Rio de Janeiro (RJ), 28/09/2023 - Navio-plataforma P-71, instalado no campo de Itapu, no pré-sal da Bacia de Santos, a 200 km da costa do Rio de Janeiro. Foto:Tânia Rêgo/Agência Brasil
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Os Estados Unidos responderam por 8% do total de petróleo exportado pela Petrobras no segundo trimestre de 2025, conforme dados do relatório trimestral de produção e vendas divulgado pela estatal. Em relação aos derivados, como diesel e querosene de aviação, os americanos representaram 28% do volume vendido ao exterior.

Apesar da recente ordem executiva do presidente Donald Trump estabelecendo tarifas de 50% para produtos brasileiros, o petróleo ficou de fora da taxação. O documento oficial lista exceções, incluindo minérios, fertilizantes e produtos energéticos.

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A decisão de Trump foi justificada como resposta a uma suposta perseguição política contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, réu por tentativa de golpe de Estado. Paralelamente, os Estados Unidos iniciaram uma investigação sobre práticas comerciais brasileiras consideradas desleais.

Em 2024, o petróleo superou a soja e se tornou o principal item da pauta de exportações do Brasil, com US$ 44,8 bilhões em vendas, o que representa 13,3% das exportações nacionais. A Petrobras, maior produtora do país, responde por 89,3% da produção total de petróleo e gás, somando operações próprias e em consórcio.

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A China manteve a liderança entre os destinos do petróleo brasileiro, com 54% das exportações, seguida pela Europa (19%), Ásia exceto China (12%) e Estados Unidos (8%). América Latina e África do Sul aparecem com participações menores, de 6% e 2%, respectivamente.

Segundo a Petrobras, houve aumento da presença chinesa nas exportações, o que impactou negativamente a fatia da Europa e de outras regiões asiáticas. Ainda assim, América Latina e Estados Unidos apresentaram leve crescimento em participação.

Em derivados, os EUA ficaram atrás apenas de Cingapura (63%). No entanto, a participação americana caiu em relação aos trimestres anteriores: era 37% no primeiro trimestre de 2025 e 50% no segundo trimestre de 2024.

Na produção total, a estatal registrou 2,9 milhões de barris por dia de petróleo e gás natural no segundo trimestre de 2025, o que representa alta de 5% sobre o trimestre anterior e 8,1% em relação ao mesmo período de 2024.

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Graduado em Jornalismo pelo Unasp (Centro Universitário Adventista de São Paulo): Base sólida em teoria e prática jornalística, com foco em ética, rigor e apuração aprofundada.