A atividade econômica do país registrou queda em setembro, conforme dados divulgados pelo Banco Central. O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) recuou 0,2% em relação a agosto, considerando os ajustes sazonais. No terceiro trimestre, a retração acumulada foi de 0,9%.
Na comparação com setembro do ano passado, o indicador avançou 4,9%. O acumulado de 2024 segue positivo em 14,2%, e o resultado dos últimos 12 meses indica alta de 13,5%.
O BC utiliza o IBC-Br como ferramenta para acompanhar o desempenho da economia e orientar decisões do Comitê de Política Monetária sobre a taxa básica de juros. O índice reúne dados dos principais setores produtivos e da arrecadação tributária.
A Selic, hoje em 15% ao ano, é o instrumento central do controle inflacionário. Juros mais altos tendem a conter a demanda e pressionar os preços para baixo, mas também afetam o ritmo de crescimento. Em sentido oposto, reduções da taxa costumam estimular crédito e consumo.
O IPCA de outubro registrou 0,09%, o menor índice para o mês desde 1998. A inflação acumulada em 12 meses ficou em 4,68%, abaixo de 5%, mas ainda acima do teto da meta de 4,5%.
A combinação entre inflação moderada e desaceleração econômica levou o Copom a manter a Selic pela terceira vez consecutiva. A autoridade monetária, porém, admite a possibilidade de novos aumentos se considerar necessário.
O BC destacou que o cenário internacional segue incerto e que a inflação doméstica ainda persiste acima do objetivo oficial, o que reforça a expectativa de juros elevados por mais tempo.
Produto Interno Bruto
Embora acompanhe o comportamento da atividade econômica, o IBC-Br não substitui o Produto Interno Bruto, calculado pelo IBGE. O BC afirma que o indicador contribui para a estratégia de política monetária, mas não funciona como prévia exata do PIB.
Impulsionado pelos setores de serviços e indústria, o PIB cresceu 0,4% no segundo trimestre. Em 2024, fechou com avanço de 3,4%, marcando o quarto ano consecutivo de crescimento.


















