Crédito é prioridade em debate sobre empreendedorismo feminino

Evento em Brasília reuniu mulheres para discutir propostas que reforcem o acesso a crédito, capacitação e inclusão no empreendedorismo.

Fonte: CenárioMT

Teletrabalho, home office ou trabalho remoto.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O acesso a linhas de crédito específicas com juros reduzidos, capacitação gratuita e participação ativa em políticas públicas foram apontados como prioridades pelas participantes da Conferência Livre: Mulheres no Centro – democracia econômica, empreendedorismo e direitos, realizada nesta segunda-feira (11) em formato híbrido, em Brasília. As propostas serão encaminhadas para a 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, prevista para ocorrer entre 29 de setembro e 1º de outubro.

Segundo a coordenadora-geral de Gestão de Empreendedorismo do Ministério do Empreendedorismo, Raquel Ribeiro, grande parte das mulheres empreende por necessidade e necessita de políticas públicas eficazes que garantam crédito, educação empreendedora, formalização de negócios e rede de apoio, incluindo creches, segurança e saúde.

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O Brasil conta com mais de 10 milhões de empreendedoras, sendo 70% mães, com faturamento médio de cerca de R$ 2 mil. Apesar de serem boas pagadoras, dedicam menos tempo ao negócio e registram menor faturamento que os homens. Entre as demandas apresentadas, está a facilitação do crédito considerando o risco social, para incluir mulheres que não atendem critérios de grandes bancos.

A conferência também destacou a importância da inclusão de mulheres negras, indígenas, periféricas e rurais em conselhos consultivos e programas de fomento, além da criação de fundos públicos, parcerias com fintechs e bancos comunitários. Também foi defendida a implementação de um Programa Nacional de Formação para Mulheres Empreendedoras, com cursos, mentorias e metodologias inclusivas.

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As representantes Deise Rosas, Dora Gomes e Scarlett Rodrigues foram eleitas delegadas para levar essas propostas à etapa nacional. Para Simone Schaffer, do Ministério das Mulheres, o crédito com condições especiais é fundamental, especialmente para mulheres em vulnerabilidade que não têm garantias formais.

A Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, que não ocorre desde 2016, busca formular ações que promovam a igualdade de gênero. Até 15 de agosto, conferências livres como esta seguem acontecendo em todo o país, complementando as etapas municipais, regionais, estaduais e distrital.

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Graduado em Jornalismo pelo Unasp (Centro Universitário Adventista de São Paulo): Base sólida em teoria e prática jornalística, com foco em ética, rigor e apuração aprofundada.