O governo da China criticou nesta sexta-feira (11) a decisão dos Estados Unidos de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. A medida, anunciada pelo presidente Donald Trump, gerou reações imediatas em Pequim. Em coletiva de imprensa, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Mao Ning, afirmou que a soberania e a não interferência são normas fundamentais nas relações entre países. Ela destacou que as tarifas não devem ser usadas como instrumento de coerção ou intimidação.
O anúncio de Trump foi formalizado na última quarta-feira (9), por meio de carta enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No documento, Trump justificou a decisão mencionando o ex-presidente Jair Bolsonaro, réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado. Em resposta, Lula declarou que o Brasil recorrerá à Lei de Reciprocidade Econômica e anunciou que o governo federal abrirá uma queixa na Organização Mundial do Comércio (OMC) para contestar a medida.
Durante a semana, Mao Ning já havia se manifestado contra o protecionismo norte-americano, reiterando que não há vencedores em guerras comerciais e que tais políticas prejudicam o comércio global. A China mantém posição firme contra barreiras tarifárias unilaterais, reforçando a importância do diálogo e do respeito mútuo nas negociações internacionais.
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