Brasil enfrenta perda massiva de empresas no primeiro semestre de 2023

Fonte: DA REDAÇÃO COM INF. G1

comercio fechado
© Marcelo Camargo/Agência Brasil

Em um cenário alarmante para a economia nacional, o Brasil registrou a perda de nada menos que 427.934 empresas no primeiro semestre de 2023. Esse número, que envolve empreendimentos de todos os portes, micro a grande, é um sinal claro de retração econômica e requer atenção imediata. Esses dados foram coletados e analisados pela Contabilizei, com base nos registros do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJs) da Receita Federal.

Interessante notar que esta tendência não é recente. Desde o quarto trimestre de 2021, as taxas de fechamento de empresas têm superado as de abertura, resultando em uma diminuição drástica de mais de 750 mil empresas na economia brasileira. Ou seja, a situação é crítica e tem suas raízes em problemas que vêm se acumulando há algum tempo.

O levantamento excluiu os Microempreendedores Individuais (MEIs) da contagem, o que sugere que o impacto pode ser ainda mais significativo se considerarmos esta categoria.

Nesse intervalo foram abertas 2,08 milhões de empresas enquanto 2,83 milhões foram fechadas.

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Indústria brasileira em estado crítico

O cenário mais crítico em termos empresariais não é o que parece à primeira vista. Apesar de numericamente representar uma fatia menor do total, a indústria brasileira enfrenta um panorama extremamente preocupante. O setor está no olho do furacão com números alarmantes: no segundo trimestre de 2023, por exemplo, o fechamento de empresas industriais foi triplo em relação às aberturas. Precisamente, 7.810 novas empresas industriais vieram à luz, enquanto um número assustador de 25.151 encerrou suas atividades.

E atenção, essa não é uma tendência nova: o setor industrial vem com um saldo negativo desde o terceiro trimestre de 2021. É um indicativo claro de que o problema é sistêmico e vem se agravando ao longo do tempo. Para comparação, o comércio só registrou saldo negativo no último trimestre de 2021 e os serviços entraram em declínio apenas no terceiro trimestre de 2022.

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