Apex amplia atuação nos EUA para apoiar empresas brasileiras afetadas pelo tarifaço

A agência brasileira expande sua presença em Washington e reforça medidas para auxiliar companhias impactadas pelas tarifas dos Estados Unidos.

Fonte: CenárioMT

Apex amplia atuação nos EUA para apoiar empresas brasileiras afetadas pelo tarifaço
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) anunciou a abertura de um novo escritório em Washington, nos Estados Unidos, com o objetivo de apoiar empresas nacionais afetadas pelo tarifaço norte-americano.

O presidente da Apex, Jorge Viana, destacou que o governo federal destinou R$ 30 bilhões do Plano Brasil Soberano para criar condições de empréstimos, redução de tributos e segurança para as empresas prejudicadas. Atualmente, a agência já possui escritórios em Miami, Nova York e São Francisco.

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Viana reforçou que o governo brasileiro estabeleceu parcerias com a Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham) e com setores importadores para pressionar a Casa Branca a excluir mais produtos das tarifas aplicadas.

Soberania

Segundo o presidente da Apex, se a medida dos Estados Unidos fosse apenas comercial, já estaria resolvida. Ele criticou a interferência americana como uma violação à soberania brasileira, ressaltando que ações políticas externas não podem influenciar decisões do Judiciário nacional.

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Viana descreveu o comércio entre Brasil e EUA como positivo para ambos os lados e afirmou que a estratégia inclui aproximar-se dos importadores estadunidenses que lucram com produtos brasileiros, como café e carne.

Novos mercados

A agência também busca diversificação de destinos para os produtos brasileiros. Viana afirmou que já foram identificados mais de 108 mercados, com potencial em 72 países, para absorver parte das exportações afetadas pelo tarifaço.

Oportunidades

O presidente da Apex destacou que o Brasil está preparado para enfrentar a crise e que aproveitar oportunidades internacionais pode minimizar os impactos da guerra comercial. Ele citou a importância das relações com BRICS, Índia, China, Rússia e Estados Unidos.

Exportações

De janeiro a março, o Brasil exportou US$ 77,3 bilhões em bens, ligeiramente abaixo dos US$ 77,7 bilhões do mesmo período de 2024, com saldo comercial positivo de US$ 10 bilhões. Os principais produtos foram petróleo bruto, soja, minério de ferro e café verde, com crescimento nas exportações de bens industrializados, como máquinas e aparelhos elétricos.

Os principais destinos foram China (US$ 19,8 bilhões), União Europeia (US$ 11,1 bilhões), Estados Unidos (US$ 9,7 bilhões) e Mercosul (US$ 5,8 bilhões), com destaque para a Argentina, que registrou aumento de 51%.

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Graduado em Jornalismo pelo Unasp (Centro Universitário Adventista de São Paulo): Base sólida em teoria e prática jornalística, com foco em ética, rigor e apuração aprofundada.