A proximidade da COP30, em Belém (PA), intensifica o alerta de cientistas sobre o futuro do planeta. O astrofísico Ricardo Ogando, do Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (MCTI), reforça que a Terra é nossa única opção e que não há perspectiva real de um “Planeta B”.
Integrante do movimento internacional Astronomers for Planet Earth, Ogando defende soluções práticas para regenerar o meio ambiente e lembra que o custo de preservar o planeta é muito menor do que tentar colonizar outros mundos. Segundo ele, nem Marte oferece condições sustentáveis, já que não possui atmosfera densa, água acessível e exigiria vida totalmente artificial.
O especialista ressalta que o planeta enfrenta uma emergência climática, com impactos crescentes sobre populações vulneráveis, como demonstram eventos extremos recentes no Brasil. Ele afirma que atitudes individuais são importantes, mas insuficientes sem políticas públicas e regulação que combatam as causas da degradação ambiental.
Para Ogando, a busca científica por vida fora da Terra deve continuar, pois ajuda a compreender melhor o próprio planeta. No entanto, essa exploração não pode ser usada como justificativa para ignorar a crise atual. “É muito mais barato cuidar da Terra. Aqui ainda temos as condições ideais de sobrevivência”, afirma.
O astrofísico conclui que o planeta está em estado de alerta e que o poder público precisa agir com urgência para evitar danos irreversíveis ao equilíbrio ecológico e à sociedade.


















