Marina Silva e ministro da China estreitam cooperação ambiental e climática entre países

Em paralelo a reunião do BRICS, a ministra também recebeu a vice-presidente e chefe da Organização do Meio Ambiente do Irã e a diretora-geral da Autoridade Ambiental da Etiópia

Fonte: AgênciaGov

Marina Silva e ministro da China estreitam cooperação ambiental e climática entre países - Fernando Donasci/MMA
Marina Silva e ministro da China estreitam cooperação ambiental e climática entre países - Fernando Donasci/MMA

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e o ministro de Ecologia e Meio Ambiente da República Popular da China, Huang Runqiu, se reuniram na quarta-feira (2/4) em Brasília (DF). O encontro ocorreu no contexto da 11ª Reunião de Ministros de Meio Ambiente do BRICS sob a presidência brasileira.

Na pauta, as parcerias estratégicas no grupo e na Subcomissão de Meio Ambiente e Mudança do Clima da Cosban. O diálogo tratou ainda de iniciativas de proteção à biodiversidade, combate à poluição e financiamento climático. Marcou também a 5ª reunião da Subcomissão de Meio Ambiente e Mudança do Clima da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban).

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Os ministros assinaram o Plano de Trabalho da Subcomissão para o período de 2025 a 2029, que define o escopo e as formas de cooperação entre Brasil e China nas áreas de proteção ambiental, melhoria da qualidade ambiental, enfrentamento à mudança do clima, conservação da biodiversidade e desenvolvimento sustentável.

“No âmbito da Cosban, vamos estabelecer, além de intercâmbio de informação e de boas práticas, ações de capacitação e treinamento, consultas sobre negociações internacionais e cooperação em áreas como a criação de mecanismos inovadores para o financiamento de serviços ecossistêmicos”, destacou a ministra.

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Marina Silva convidou sua contraparte chinesa a conhecer o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF, na sigla em inglês). Desenvolvido pelos ministérios do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Fazenda e Relações Exteriores, o TFFF recompensará países que comprovadamente protegem suas florestas tropicais, com base em monitoramento feito por satélites.

O governo federal trabalha para captar US$ 125 bilhões e lançar o TFFF durante a COP30, Conferência do Clima da ONU que ocorre em Belém (PA) em novembro. Pelo menos 20% dos recursos serão direcionados a populações indígenas e povos e comunidades tradicionais que estão na linha de frente da preservação das florestas.

Participaram da reunião com Huang o presidente da COP30, embaixador André Corrêa do Lago ; a secretária nacional de Mudança do Clima do MMA e diretora-executiva da COP30, Ana Toni; o diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro, Garo Batmanjan; o secretário nacional de Meio Ambiente Urbano, Recursos Hídricos e Qualidade Ambiental do MMA, Adalberto Maluf; e a secretária nacional de Biodiversidade, Florestas e Direitos Animais da pasta, Rita Mesquita.

Encontros com Irã e Etiópia

Também em paralelo à reunião de ministros de Meio Ambiente do BRICS, Marina recebeu a vice-presidente e chefe da Organização do Meio Ambiente do Irã, Shina Ansari. No encontro, foram discutidas as prioridades dos países no BRICS e na COP30 e o combate à poluição por plásticos.

“Ter a presença do Irã no BRICS nos faz acreditar que o multilateralismo está fortalecido diante de um contexto geopolítico desafiador”, ressaltou. Também participou da agenda o secretário Adalberto Maluf.

Na quinta-feira (3/4), durante a 11ª reunião dos ministros de Meio Ambiente do BRICS, a ministra se reuniu com a diretora-geral da Autoridade Ambiental da Etiópia, Lelise Neme. Esteve presente a secretária nacional de Povos e Comunidades Tradicionais e Desenvolvimento Rural Sustentável, Edel Moraes.

Na oportunidade, Marina Silva enfatizou o interesse em ampliar a cooperação bilateral com o país africano nas áreas de meio ambiente e clima e reforçou a necessidade de que as nações apresentem, até a COP30, as atualizações de suas NDCs (sigla em inglês para Contribuições Nacionalmente Determinadas) em linha com a meta do Acordo de Paris de limitar o aquecimento médio do planeta a 1,5ºC em relação aos níveis pré-industriais. As NDCs são os compromissos nacionais para redução de suas emissões de gases de efeito estufa.

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