O embaixador Maurício Lyrio, secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores, destacou o sucesso inicial do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF). Lançado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante o primeiro dia da Cúpula do Clima em Belém, o fundo já conta com um aporte inicial de US$ 5,5 bilhões.
O evento antecede a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que ocorrerá de 10 a 21 de novembro na capital paraense. O secretário lidera as negociações brasileiras na conferência.
“O balanço é muito positivo, porque tivemos ontem o primeiro dia de discussão efetiva do TFFF. Lançamos a declaração com apoio de 53 países e hoje já são 55, com aportes financeiros consideráveis”, afirmou Lyrio.
Entre os compromissos, a Noruega anunciou US$ 3 bilhões para os próximos dez anos; a Indonésia, US$ 1 bilhão; a França, até US$ 577 milhões até 2030; e Portugal, US$ 1 milhão. O Brasil também contribuiu com US$ 1 bilhão.
Na sexta-feira, o primeiro-ministro da Alemanha, Friedrich Merz, confirmou que o país fará um investimento significativo, sem detalhar o valor, após reunião com o presidente Lula. O chanceler alemão explicou que os valores finais dependem de ajustes com o Ministério da Fazenda do país.
O TFFF combina investimento público e privado, destinando recursos a países com florestas tropicais para incentivar a preservação.
Até o momento, 34 países com florestas tropicais endossaram a declaração do TFFF, abrangendo quase 90% das florestas tropicais em países em desenvolvimento, como Indonésia, República Democrática do Congo e China.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a meta do Brasil é captar US$ 10 bilhões em investimentos públicos até o final de 2026. A iniciativa se diferencia por transformar recursos em investimentos e não doações, combinando capital público e privado.
COP30
As negociações da COP30 começarão na segunda-feira. O Brasil destaca-se na transição energética e na preservação de florestas, além de apresentar metas climáticas (NDCs) que incluem redução de 59% a 67% das emissões de gases de efeito estufa até 2035. Até agora, 78 países divulgaram suas NDCs, representando 63% das emissões globais, e 119 países ainda devem apresentar suas metas.


















