Estados e DF devem padronizar autorização de vegetação conforme regras do Ibama

Todos os estados e o Distrito Federal terão de alinhar o processo de autorização de supressão de vegetação ao padrão nacional estabelecido pelo Ibama.

Fonte: CenárioMT

Estados e DF devem padronizar autorização de vegetação conforme regras do Ibama
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Todos os estados e o Distrito Federal precisarão adequar a emissão da Autorização de Supressão de Vegetação (ASV), também chamada de uso alternativo do solo, ao padrão nacional do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O procedimento é obrigatório para empresas e produtores rurais que pretendem realizar projetos envolvendo a retirada de vegetação nativa em áreas privadas.

De acordo com o coordenador-geral de Gestão e Monitoramento de Uso da Flora do Ibama, Allan Valezi Jordani, a medida busca uniformizar os dados entre as unidades da federação e aumentar a transparência nos processos de uso do solo. “A ideia é ter parâmetros e critérios mínimos, como a análise do Cadastro Ambiental Rural (CAR), que passou a ser uma etapa obrigatória para a emissão da autorização”, explicou.

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A mudança decorre da aprovação de uma resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que conta com representantes da sociedade civil, empresários, trabalhadores, organizações ambientais e dos três níveis de governo.

Após a publicação no Diário Oficial da União, os estados terão 180 dias para implementar as alterações necessárias. Segundo o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, cada unidade federativa precisará ajustar sua regulamentação, respeitando as particularidades de um sistema federativo.

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Atualmente, os pedidos de ASV são analisados pelos estados, que registram os dados no Sistema Nacional de Controle da Origem dos Produtos Florestais (Sinaflor). Embora esse fluxo permaneça o mesmo, as informações deverão seguir o padrão definido pelo Ibama. Muitos estados ainda utilizam sistemas próprios, mas agora terão de integrá-los ao Sinaflor, garantindo que os dados sejam acessíveis ao sistema federal.

A falta de integração dificulta a verificação de requisitos previstos no Código Florestal, como a manutenção de reserva legal por bioma e a proteção de áreas de preservação permanente. Para Jordani, o objetivo final é um sistema mais transparente, capaz de subsidiar políticas públicas e fortalecer a gestão florestal.

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, destacou a construção democrática da resolução, ressaltando que esse processo fortalece tanto o Sistema Nacional de Meio Ambiente quanto a gestão pública.

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Gabriela Cordeiro Revirth, independente jornalista e escritora, é uma pesquisadora apaixonada de astrologia, filmes, curiosidades. Ela escreve diariamente para o Portal de Notícias CenárioMT para partilhar as suas descobertas e orientar outras pessoas sobre esses assuntos. A autora está sempre à procura de novas descobertas para se manter atualizada.