A apresentação da Coalizão Corais do Brasil, durante a COP30 em Belém, marcou a criação de uma frente conjunta dedicada a fortalecer ações de conservação e restauração dos recifes do país. A iniciativa reúne entidades da sociedade civil e do setor privado, sob liderança da Fundação Grupo Boticário e do WWF-Brasil.
Segundo a diretora executiva da fundação, Malu Nunes, o objetivo é ampliar impactos, influenciar políticas públicas e impulsionar soluções capazes de garantir mais proteção aos ecossistemas marinhos. Um dos focos é a mitigação de ameaças como poluição terrestre, ocupação costeira desordenada e pesca excessiva.
A coalizão também planeja expandir áreas protegidas, apoiar tecnologias de restauração e mobilizar recursos financeiros para recuperar até 30% dos recifes degradados até 2030. As entidades ressaltam que, embora ocupem menos de 0,1% do fundo oceânico, os corais fornecem abrigo e alimento para cerca de 25% das espécies marinhas, desempenhando papel crucial para o equilíbrio ambiental.
Malu Nunes destacou ainda que o país pode perder serviços naturais avaliados em até R$ 167 bilhões relacionados à proteção costeira e ao turismo, caso os recifes continuem sob pressão, especialmente diante do aumento da temperatura das águas.
Para o diretor executivo do WWF-Brasil, Mauricio Voivodic, soluções baseadas em ciência e justiça socioambiental são essenciais para transformar os corais em referência de resiliência climática e preservação oceânica. A coalizão reúne outras instituições nacionais, entre elas o Instituto Recifes Costeiros, Conservação Internacional Brasil, CONFREM e AquaRIO.


















