O IBGE revisou os limites dos biomas Cerrado e Mata Atlântica em Minas Gerais e São Paulo, resultando em aumento de 1,8% para o Cerrado e perda de 1% para a Mata Atlântica.
Segundo o instituto, a mudança decorre exclusivamente de critérios técnicos, sem relação com desmatamento ou recuperação ambiental. A atualização considerou fatores como clima, geologia, geomorfologia, solos e tipos de vegetação.
A área avaliada soma cerca de 19.869 km², sendo 816 km² em Minas Gerais e 19.053 km² em São Paulo. As mudanças ocorreram sobretudo em regiões de transição entre florestas estacionais e savanas.
Em Minas Gerais, a Mata Atlântica passou a abranger todo o município de Belo Horizonte e áreas ao norte da capital. Já em São Paulo, o Cerrado avançou principalmente na região centro-norte, onde existe legislação específica de proteção ao bioma.
A revisão também envolveu áreas do nordeste paulista, parte do Triângulo Mineiro e a Serra do Espinhaço, alcançando municípios como Sacramento, Uberaba, Fronteira, Planura, São Sebastião do Paraíso, Diamantina, Conceição do Mato Dentro, Florestal, Juatuba, Franca, Barretos, São José do Rio Preto, Ribeirão Preto, Piracicaba, Mococa e Votuporanga.
Revisões
As atualizações fazem parte de um processo contínuo iniciado após a publicação de 2019, quando o IBGE adotou uma escala mais detalhada para mapear biomas e áreas costeiras. A metodologia, 20 vezes mais precisa que a anterior, exige revisões periódicas para ajustar limites territoriais.
As alterações resultam de análises integradas de especialistas e expedições de campo em áreas indicadas por entidades civis e órgãos ambientais. Até agora, cinco expedições foram realizadas.


















