O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julga nesta terça-feira (4) o recurso que pede a cassação do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro. A ação foi movida pelo Ministério Público Eleitoral (MPE), que aponta o uso de contratações temporárias para favorecer a campanha de 2022.
De acordo com a denúncia, servidores teriam sido contratados sem critérios objetivos e sob suspeita de indicação política, com pagamentos feitos em dinheiro vivo. O caso envolve órgãos como a Fundação Ceperj e a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), onde teriam ocorrido cerca de 45 mil contratações irregulares durante o período eleitoral.
Em maio de 2024, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) absolveu Castro por 4 votos a 3, entendendo que, mesmo com irregularidades, não houve provas diretas de sua participação. A maioria também avaliou que as falhas não influenciaram o resultado da eleição.
O relator do processo, desembargador Peterson Barroso Simão, votou pela cassação, afirmando que as contratações comprometeram o equilíbrio eleitoral e citando casos de pagamentos a pessoas de fora do estado, presidiários e servidores com acúmulo de cargos.
Cláudio Castro foi eleito no primeiro turno em 2022, com 60% dos votos válidos — cerca de 2,6 milhões a mais que Marcelo Freixo (PSOL). O julgamento no TSE definirá se a decisão do TRE-RJ será mantida ou revertida.















